Comissão europeia regulamenta o uso de gorduras trans

Relatório aponta que a via legal será a melhor para regular o consumo de gorduras artificiais

Em junho, a Agência Americana de Medicamentos e Alimentos (FDA, por suas siglas em inglês) estabeleceu um prazo de três anos para erradicar as gorduras trans de todos os alimentos comercializados nos Estados Unidos, com a intenção de prevenir cerca de 20 mil enfartes de miocárdio e 7 mil mortes por doenças cardiovasculares. Na Europa, não se estabeleceu uma norma comum para regular o uso das gorduras trans, apenas quatro países – Dinamarca, Letônia, Áustria e Hungria- têm leis para controlar o uso das gorduras artificiais.

As gorduras trans aumentam o risco de doenças cardíacas, reconhecidas como a principal causa de mortes na União Europeia (UE). A Europa está perdendo a batalha contra as gorduras trans e os especialistas consideram que a única forma de limitar seu uso é pela via legal.

Em dezembro do ano passado, a Comissão Europeia emitiu um relatório no qual se analisa o uso de gorduras trans nos 28 países que formam parte da Comunidade Europeia, mas não se estabeleceram medidas concretas para restringir o uso das gorduras hidrogenadas. Entretanto, indica-se que os países membros da UE expressaram que, frente à inércia da UE, estão preparados para estabelecer regulamentações nacionais que limitem a exposição da população às gorduras trans.

O estudo indica que em alguns países, como a Lituânia, Letônia, Estônia, República Tcheca, Malta, Finlândia e Croácia, as taxas de mortes por doenças coronárias oscilam entre 20% e 35% do índice total. Os pesquisadores recomendam estabelecer normas restritivas, considerando que os níveis de mortes por motivos cardiovasculares reduziram-se na Dinamarca depois que se introduziu a lei que proíbe o uso de gorduras trans.

De acordo com o documento, uma regulamentação efetiva permitiria proporcionar ao público opções de alimentos mais saudáveis, sem a necessidade de distinguir alimentos com menores quantidades de gorduras trans. A medida permitiria proteger toda a população, incluindo os grupos mais vulneráveis.

Os estudantes da Área de Nutrição da FUNIBER mantêm-se atentos aos estudos destinados a regulamentar a alimentação dos consumidores, para proporcionar as melhores recomendações a seus pacientes.

Fonte: http://fnbr.es/25t

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