5 chaves para a autossuficiência na África

A África é reconhecida por exportar 90% de seus fertilizantes e até um ano atrás países africanos como Gana, Mauritânia e Costa do Marfim compravam entre 20 e 50% de seus fertilizantes da Rússia, que é o principal exportador de nutrientes agrícolas. Quando a guerra começou na Ucrânia, isso fez com que milhões de famílias africanas começassem a sofrer de fome.

Os preços no território dispararam graças à inflação e ao aumento do custo do gás natural, que é usado para produzir fertilizantes nitrogenados. Por conta disso, tiveram que aumentar o preço do adubo e reduzir a colheita devido aos baixos valores que obtinham desse recurso. Os alimentos básicos na África continuarão a aumentar seus preços e mais famílias serão privadas de uma boa alimentação.

É por isso que os especialistas analisaram as 5 chaves para a autossuficiência na África.

1. O mundo requer menos fertilizantes sintéticos. África precisa de mais
O uso excessivo de fertilizantes minerais em lugares como Europa, China e Índia está contribuindo para a perda extrema de biodiversidade e grandes mudanças climáticas. Paradoxalmente, a África precisa de mais fertilizantes minerais, não apenas para produzir mais, mas para fazê-lo de forma sustentável.

2. Na África é mais barato importar fertilizante da Europa
A África tem recursos naturais para produzir grande parte de seus próprios fertilizantes, mas poucos países têm capacidade industrial e financeira para compostar essas matérias-primas. Mesmo que fosse possível fazer isso, existem muitos obstáculos, como barreiras tarifárias, regulatórias e de transporte.

3. O continente é grande; seu mercado, pequeno e fragmentado
A África, além de ser um mercado pequeno, é fragmentada e possui processos de compras públicas opacos. Que este seja o caso produz dependência em países como Rússia, Arábia Saudita e Israel.

4. A África precisa de terra saudável e nutrientes orgânicos para alimentar um quarto da humanidade até 2050
Para alimentar seu povo, a África precisará adotar práticas agrícolas que melhorem a produtividade e restaurem a saúde do solo, aumentem sua capacidade de sequestrar carbono e proporcionem meios de subsistência decentes aos agricultores.

5. O futuro: mais eficiência e menos subsídios
Melhorar a eficiência requer melhores técnicas e políticas. No nível das políticas, especialistas alertam sobre os efeitos dos subsídios, principalmente se forem mal elaborados: no Norte Global, eles promovem o uso excessivo de fertilizantes e, no Sul Global, podem distorcer um mercado que luta para aumentar sua cabeça

 

 

Por fim, cabe destacar que a FUNIBER ministra o curso de Mestrado em Projetos de Gestão Ambiental. Alguns estudos que permitirão aos alunos dedicar-se no futuro à gestão da qualidade, segurança e ambiente.

Fonte: La falta de fertilizantes rusos asfixia las cosechas africanas. Cinco claves para la autosuficiencia

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