Embora os países tenham se comprometido a atuar através do Acordo de Paris, faltam ações para conseguir controlar as temperaturas no planeta.
Uma das estratégias para combater a mudança climática é a chamada “emissões zero” que representa uma quantidade de emissões lançadas à atmosfera que não se agregam continuamente, e conseguem ser absorvidas de forma equilibrada.
De fato, o zero é o objetivo para o ano 2050, que vai requerer medidas de adaptação de muitos países, além de uma grande mobilização de financiamento para os países seguirem uma pauta de desenvolvimento sustentável.
Um dos recursos que poderá ajudar é a aplicação de ferramentas tecnológicas. As inovações no setor de energia limpa, por exemplo, contribuem para reduzir o consumo de recursos não renováveis e evitam alguns contaminantes. Atualmente, em alguns casos, a energia renovável pode sair ainda mais barata que a energia proveniente de combustíveis fósseis.
Outro setor que também poderá contribuir é o de automóveis elétricos. Esta indústria vem se transformando e avançando para que num futuro próximo possa eliminar, de forma gradual, os automóveis tradicionais.
Já o setor da pecuária, que produz gases de efeito estufa, como o metano, poderia ser reduzido se as políticas públicas consigam diminuir o consumo de carne. A indústria alimentar vem pesquisando alternativas através de alimentos que se assemelham à carne, elaborados com vegetais.
A conservação ambiental das reservas ecológicas é outro fator importante para eliminar o carbono da atmosfera, já que as florestas, os manguezais, os solos e outros tipos de ecossistemas vegetais desenvolvem soluções para absorver a contaminação e limpar o ar.
As empresas podem também atuar, mudando hábitos e optando por soluções mais sustentáveis. Um estudo, desenvolvido pela Newsweek Vantage, analisou como algumas empresas vêm se preparando para a transição e quais ações vêm sendo tomadas para contribuir à emissão zero neto.
Mas todos, como indivíduos, somos responsáveis. Nossos hábitos podem melhorar as condições ambientais ao fazer menos danos, seja consumindo menos, optando por alternativas mais ecológicas, com selos de responsabilidade ambiental, entre outras ações que podem ser vistas na campanha Act Now (Atue Agora), promovida pelas Nações Unidas.
Compromisso dos governos
Porém, sem a atuação dos governos, todo este compromisso será insuficiente. A principal força de mudança deve ser dos governos nacionais, através de leis, regulamentos, incentivos e outras ações estratégicas.
Ainda, estas ações devem ser urgentes e ambiciosas. Através de planos de ação detalhados com objetivos para os próximos 5 ou 10 anos, em que se revisem os resultados das ações e possíveis adaptações e mudanças das estratégias. Até agora, 186 países que se comprometem com o Acordo de Paris desenvolveram estes planos.
Entretanto, há alguns países que devem se comprometer mais já que são os maiores responsáveis por gerar o maior número de emissões. Os países do G20 deveriam ser os principais agentes de mudança, considerando que é mais difícil para os países com populações vulneráveis adaptar e conseguir investimentos para alcançar o zero.
A FUNIBER promove estudos na área ambiental para a formação de profissionais com competências para atuar em projetos de sustentabilidade, como por exemplo, o Mestrado em Energias Renováveis e o Mestrado em Mudanças Climáticas
Fontes: ¿Qué es el cero neto y por qué es importante?
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