Durante visita à Espanha, Michael Shellenberger defendeu as usinas de energia nuclear para uma produção de energia com menos danos à população e ao meio ambiente
A energia nuclear é um tema polêmico, relacionada especialmente aos perigos vistos pela sociedade e pelos governos da manutenção deste tipo de central energética. Mas para o ambientalista Michael Shellenberger, fundador e presidente da organização Environmental Progress, “o problema com a nuclear é muito simples, é o pensamento das pessoas”, diz.
Segundo ele, há uma relação de ódio e medo associada com as armas nucleares. Também acredita que muitos pensam que a energia nuclear é barata e que poderia produzir um excesso de produção energética que provocaria o aumento populacional. Como terceiro ponto, Shellenberger defende que muitas organizações ecologistas defendem um tipo de sociedade que tende a apoiar as energias renováveis. Para ele, não é necessário provocar revoluções sociais.
Os argumentos apresentados pelo autor norte-americano, ativista ambiental e pesquisador de temas ambientais, é que atualmente “a forma mais segura de fazer eletricidade fiável” é a energia nuclear. Contra o risco de mortes associadas à contaminação da produção de energia nuclear, ele afirma que os números de mortos associados a este tipo de usina são muito inferiores aos números de afetados pela contaminação de ar causada pela queima de combustíveis fósseis.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 7 milhões de pessoas morrem anualmente em todo o mundo devido à contaminação do ar. A queima de carvão mineral, gás natural e petróleo produz cerca de 21,3 bilhões de toneladas de dióxido de carbono anualmente, e metade dessa produção fica na atmosfera.
“Viver em grandes cidades contaminadas incremente o risco de morte 2 vezes mais que por Chernobil”, diz Shellenberger. “Estamos expostos umas 200 vezes mais à dose recebida pela comida que por Chernobil”.
Inclusive, o ambientalista acredita que as energias nucleares são mais adequadas que as energias solar e eólica. Ele afirma que a energia solar emite 40 vezes mais radioatividade por unidade de energia que a nuclear, já que necessita de materiais específicos para a construção de painéis.
“Para criar muita energia solar e eólica, necessito cobrir muito da natureza com coletores de combustível (vento ou luz solar)”, acredita. Para saber mais sobre este setor, a FUNIBER patrocina o Mestrado em Energias Renováveis para profissionais que queiram conhecer sobre estudos de impacto e incorporar as tecnologias renováveis e de eficiência energética dentro do sistema de gestão global de empresas.
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