Estudo publicado pela Agência Europeia do Ambiente (EEA) revela aumento do uso de energia limpa na Europa, mas a passos lentos
O aumento do uso de energia solar e eólica na Europa ajudou a diminuir o consumo de carvão e a baixar as emissões de gases de efeito estufa em aproximadamente 10%, no ano 2015, de acordo com um novo estudo divulgado pela Agência Europeia do Ambiente (EEA).
O uso da energia produzida a partir de recursos renováveis aumentou em 16,7% em toda a Europa. Porém, as notícias não são tão positivas. O incremento de energia limpa ainda é pequeno e não consegue superar o uso do carvão. Além de mostrar uma grande diferença por regiões, já que nos países da Escandinávia o consumo de energia renovável já chega aos 30%, e em Malta, apenas um 5%.
De acordo com Mihai Tomescu, um dos coordenadores do estudo, apesar do crescimento das energias renováveis, sua implementação ainda está lenta. Assim, não será possível evitar o limite do aquecimento global, estabelecido em 2015 durante o Acordo de Paris, em menos de 2°C.
“O atual nível de esforço deve ser melhorado e não acontecerá se não houver um foco adicional”, disse ao jornal inglês “The Guardian”. No estudo, afirmam que a União Europeia deve fazer esforços maiores até 2020 para sustentar o desenvolvimento dos recursos de energia renovável nos setores do mercado energético.
Em relação aos objetivos para 2050, que inclui a redução de ao menos 80% das emissões de gás, será necessário acelerar o uso estendido das energias renováveis e considerar a superação da fase da combustão e dos derivados de petróleo.
Tomescu ressaltou ainda que o crescimento do consumo de energia renovável na Europa coincidiu com a diminuição do consumo de energia a carvão. “Em termos gerais, estamos falando sobre uma substituição e isso tem um impacto não somente sobre a dependência das importações, mas também nas emissões de gases efeito estufa”, disse.
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Fonte: Renewables cut Europe’s carbon emissions by 10% in 2015, says EEA (TheGuardian)
Estudo: Renewable energy in Europe 2017: recent growth and knock-on effects (EEA)
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