Estudo mostra que o uso da aprendizagem profunda, um tipo de Inteligência Artificial (IA), ajuda a obter melhores imagens cerebrais para um diagnóstico e tratamento precoce do Alzheimer
Um diagnóstico prematuro de doenças como o Alzheimer é de vital importância para poder aplicar tratamentos oportunos e eficazes. No entanto, um dos maiores desafios enfrentados pelos profissionais de saúde é o controle das alterações metabólicas que ocorrem com essa doença, a fim de se obter um diagnóstico prematuro.
Pesquisadores da Universidade da Califórnia-San Francisco (EUA) estudaram o escopo da Inteligência Artificial no campo da saúde, especificamente para o diagnóstico do Alzheimer.
Para a pesquisa, publicada na revista Radiology, foi utilizado um algoritmo de aprendizagem profunda. É uma tecnologia de imagem especial, conhecida como tomografia no campo da saúde.
O acesso aos dados fornecidos pela Iniciativa de Neuroimagem do Alzheimer (ADNI, siglas em inglês) e informações de estudos clínicos anteriores permitiram aos pesquisadores permitiu acessar um grande número de imagens cerebrais de pacientes. Para o estudo, os pesquisadores usaram todo o material, especialmente as imagens, para criar um programa de treinamento para um algoritmo de aprendizado profundo. Sob a premissa de que as máquinas aprendem pelo exemplo, elas treinaram o algoritmo para prever comportamentos na atividade metabólica que poderiam levar à evolução da doença do Alzheimer.
O objetivo desta tecnologia é a exploração por meio de um composto de glicose radioativa, que é injetado no paciente. Graças à tecnologia de aprendizagem profunda pode medir o nível de glicose que é capturado pelo cérebro, um dos principais indicadores da atividade metabólica e diagnóstico da doença de Alzheimer.
Para completar a investigação, o algoritmo foi testado em um conjunto independente de 40 exames de imagem de 40 pacientes. O algoritmo demonstrou uma sensibilidade de 100% para detectar a doença, o que significa uma média de mais de seis anos antes do diagnóstico final.
Os especialistas apontam que esse algoritmo poderia ser usado como complemento para profissionais de radiologia e em outras áreas do diagnóstico por imagem, o que permitiria o diagnóstico precoce de doenças graças à previsibilidade dessa tecnologia.
Mas a investigação não termina aqui. Os agentes envolvidos neste estudo trabalham para alcançar outro nível usando a tecnologia deste algoritmo. A possibilidade de incluir treinamento em busca de padrões associados ao acúmulo de proteínas beta-amiloide e tau, grupos anormais de proteínas e emaranhados no cérebro está sendo considerada, uma vez que estes supõem marcadores cruciais da doença de Alzheimer.
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Fonte: La inteligencia artificial detecta precozmente el alzhéimer
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