A demência afeta aproximadamente 47 milhões de pessoas em todo o mundo e o número de casos deve aumentar para 75 milhões até 2030, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS)
O Dr. David Sheard, especialista em demência e CEO do Centro Demencia Care Matters, diz que pacientes com demência são seres sensíveis, além de seres pensantes e, por isso, podem ser beneficiados de iniciativas que ajudam a lembrar de momentos já viveram e que permanecem em suas memórias. É por isso que a realidade virtual é um mecanismo que está sendo usado para o tratamento de distúrbios psicológicos desde 1994.
Um estudo, publicado na Revista Científica de Neurologia, trabalhou pesquisas dos últimos dez anos (2007-2017) em diferentes bases de dados sobre as vantagens da realidade virtual em pacientes com demência. A pesquisa encontrada é pouca e, devido aos resultados obtidos, não se pode dizer que sejam conclusivos, mas fornecem evidências que sugerem que a realidade virtual é um campo promissor para intervenção em pessoas com demência.
De acordo com os resultados, a realidade virtual parece ser uma intervenção segura, viável e eficaz para pessoas com demência, embora em outros casos tenham sido apresentados tontura, confusão ou aborrecimento. No entanto, a prevalência de aparecer ‘cibermareos’ parece ser baixa, e para a prevenção de certas práticas preventivas podem ser aplicados, por exemplo, o uso de plataformas de movimento que permitem que as pessoas a alcançar tanto vestibular como visual.
Além disso, a realidade virtual permite examinar a atividade cerebral durante situações dinâmicas, complexas e realistas por meio de interfaces cérebro-computador, como o eletroencefalograma ou a espectroscopia funcional do infravermelho próximo.
Nesse sentido, por meio da experiência de voltar ao passado revivendo experiências ou momentos graças à tecnologia de realidade virtual, as pessoas com demência estão novamente em um ponto em que se sentem valorizadas. Além disso, eles são capazes de estabelecer alguma conexão com aqueles que os rodeiam.
A modo de exemplo, a iniciativa The Wayback, é um projeto que recria feitos importantes do passado através de decorados e atores na Inglaterra. Por exemplo, pode-se recrear por meio de óculos de realidade virtual, a coroação da Rainha da Inglaterra de 2 de junho de 1953.
Para os interessados nos temas do cuidado dos idosos, o Mestrado em Gerontologia patrocinado pela FUNIBER preconiza pela formação de profissionais competentes capazes de dar uma resposta positiva às necessidades de cuidado e atenção que necessitam os idosos.
Fonte: Realidad virtual y demencia
Cómo la realidad virtual podría ayudar a los enfermos de demencia
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