Dormir mal envelhece

Uma equipe de pesquisadores do Centro de Neurociências e Biologia Celular (CNC) da Universidade de Coimbra encontrou uma conexão entre a síndrome da apneia obstrutiva do sono ou dormir mal e o processo de envelhecimento celular prematuro

Em um artigo publicado na revista científica Cell, os autores focaram esse distúrbio do sono relacionado ao aumento do risco de desenvolver várias doenças, de problemas cardíacos a demências e derrames

No entanto, Claudia Cavadas pesquisadora do CNC, admite que esse dano não é exclusivo das pessoas que sofrem de apneia obstrutiva do sono e deve ser estendido a qualquer pessoa que dorme mal. Argumentou que: “a privação do sono e as noites mal dormidas alteram nosso ritmo circadiano e podem também promover o aparecimento de alguns dos mesmos marcadores de envelhecimento.”

Entre os vários tópicos que foram discutidos sobre o sono, o doutor Joaquim Moita, presidente da Associação Portuguesa do Sono, salienta que a interrupção do sono é caracterizada pelo aparecimento de paradas respiratórias, com duração de dez segundos e uma frequência de, pelo menos, cinco vezes por hora e por ressonar.

Explicou, também, que a falta de sono não é caracterizada apenas pela falta de oxigenação que a parada de respiração provoca, mas também pelo “sono fragmentado”, seja uma insônia ou uma noite mal dormida.

Segundo o Dr. Joaquim Moita, os casos de insônia crônica afetam 10% da população. Caracteriza-se por insônia três vezes por semana durante três meses. “Não valorizamos o sono, as pessoas têm que dormir entre sete e nove horas por noite, nunca menos que seis ou mais de dez”, diz o médico.

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Fonte: Como dormir mal nos envelhece

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