A pesquisa foi realizada pela Universidade Jaume I (Espanha). O objetivo foi determinar o grau de envolvimento dos idosos nas atividades organizadas na cidade de Castellón, na região de Valência (Espanha)
Raquel Montañés Rodríguez e Antonio Caballer Miedes apresentaram recentemente um estudo que mede o nível de participação social dos idosos na cidade de Castellón. Para a realização, eles utilizaram o Protocolo Vancouver e da escala de Likert.
Os resultados de sua pesquisa revelaram que esta faixa etária aprova as atividades organizadas pela Prefeitura de Castellón. Da mesma forma, Raquel manifestou que “valorizam positivamente os preços das atividades de formação, esportivas e de lazer que a prefeitura organiza para eles”. Do mesmo modo, também elogiam a oferta cultural do município.
Porém, “os idosos dizem que se encontram limitados na hora de participarem das atividades comunitárias por excessivas responsabilidades familiares”, explicou Raquel. A autora também destacou o descontentamento dos idosos pelo fechamento das salas de cinema do centro da cidade. Isto dificultou o acesso à sétima arte, já que o transporte público não facilita o acesso aos cinemas da circunvizinhança, apontou.
Tal realidade “coincide com a informação fornecida pelos idosos consultados pela OMS que indicam que a capacidade para participar na vida social formal e informal não depende somente da oferta de atividades, senão também do acesso adequado ao transporte”, concluiu a pesquisadora.
Outros estudos sobre essa questão, apontam o mesmo. Assim, as pesquisadoras Alessandra Olivi, Giulietta Fadda Cori, Marcela Pizzi Kirschbaum, pesquisam a qualidade de vida dos idosos na cidade chilena de Valparaíso. Sua prospecção também revelou que a criação de ambientes sociais adequados, de infraestrutura e redes de transporte públicos eficazes, é fundamental para promover a participação social dos idosos em suas comunidades.
Neste sentido, a pesquisadora Cintia Crespo, a respeito da área metropolitana de Toluca, no México, exigiu a remoção das barreiras físicas que impedem a participação ativa dos idosos em sua comunidade. Para ela, tais barreiras repercutem negativamente no bem-estar e na qualidade de vida.
Por outro lado, o trabalho de Raquel e de Antonio não mostrou diferenças significativas no grau de participação social entre sexos. Nem revelou divergências entre as pessoas que vivem sozinhas e as que vivem acompanhadas.
Por último, Raquel alertou que “devemos levar em conta que é previsível que as atividades realizadas pelos idosos em sua velhice, variem conforme vão incorporando as novas gerações com maior nível educacional, maior nível econômico; e com desejos de viver esta etapa de uma forma mais ativa”.
Neste sentido, o Mestrado em Gerontologia patrocinado pela FUNIBER forma profissionais capazes de planejar atividades que satisfaçam as necessidades socioculturais dos idosos em função das necessidades individuais de cada pessoa.
Fonte: Castellón: Una ciudad Amigable con las Personas Mayores. Análisis del área de Participación Social
Evaluación de la calidad de vida de los adultos mayores en la ciudad de Valparaíso
Ciudad amigable para los adultos mayores. Evaluación de la Zona Metropolitana de Toluca, México
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