Consumo de algas e tunas pode reduzir Parkinson e Alzheimer

Extratos de algas e frutos dos cactos podem ajudar na luta contra o Parkinson e Alzheimer

Uma pesquisa realizada por cientistas da Universidade de Malta (UM) descobriu propriedades do cacto espinhoso, também chamado tuna, assim como das algas castanhas, conhecidas também como algas pardas, que poderiam ajudar a interromper um processo chave que o Parkinson e o Alzheimer se apoderam.

Para a comunidade científica não é novidade que as placas de beta-amiloides são as que desempenham um papel protagonista no cérebro na doença do Alzheimer, pois interrompem o sistema nervoso. Portanto, seria uma grande descoberta encontrar algo que possa tira-las do cérebro ou evitar que se formem.

A revista Neuroscience Letters publicou uma pesquisa em que os cientistas explicam como deram a uma colônia de leveduras uma dose saudável de placas beta-amiloides para posteriormente aplicar os extratos de tuna e algas marinhas, o que melhorou drasticamente a saúde da levedura.

Em seguida, os pesquisadores fizeram o mesmo com moscas de fruta que foram geneticamente modificadas para desenvolver sintomas do Alzheimer.

Efetivamente, os extratos funcionaram uma vez mais. Quando foi dado o extrato de algas marinhas, a vida média das moscas foi prolongada em dois dias. Quando se usou o extrato de tuna, a extensão de vida duplicou para quatro dias. “Considerando que um dia na vida de uma mosca de fruta é equivalente a aproximadamente um ano nos seres humanos, os resultados são surpreendentes”, diz um relatório da UM no estudo. “Curiosamente, a mobilidade das moscas doentes melhorou em 18% depois do tratamento” destaca.

Os estudos clínicos seguirão, mas, como assinala o autor do estudo principal, Rubén J. Cauchi, os compostos já estão disponíveis para seu uso pelos consumidores. “Acreditamos que o descobrimento de agentes bioativos que se dirigem a vias afetadas por diversas doenças neurodegenerativas é o enfoque mais viável em nossa luta atual contra os transtornos cerebrais”, disse. “Uma clara vantagem dos fármacos utilizados neste estudo é que, em vista de seu excelente perfil de segurança, já estão no mercado como nutracêuticos e cosmecêuticos” assegurou.

Os estudantes do Mestrado em Gerontologia da FUNIBER estão atentos às pesquisas que permitam reduzir os índices de doenças degenerativas em seus pacientes.

 

Fonte de informação: Extratos de catos e de algas da bacia mediterránica podem travar Parkinson e Alzheimer

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