Tai Chi e psicoterapia para melhorar o sono

A falta de sono está associada a múltiplas enfermidades. O Tai Chi oferece uma solução.

Informação publicada no European Hearth Journal indica que dormir menos de seis horas por dia e ter o sono alterado aumentam em 48% as probabilidades de sofrer um enfarte e em 15% a possibilidade de ter um derrame. De acordo com a informação publicada no The New York Times, a falta de sono está associada a um aumento da inflamação, que poderia contribuir para desenvolver uma doença do coração ou outros males. Mas a prática de Tai Chi e as terapias cognitivo-comportamentais poderiam reduzir a insônia e a inflamação, de acordo com um estudo recente.

Para identificar pacientes em risco mediram-se os níveis de proteína C reativa (PCR) e as citocinas associadas à inflamação. A proteína C reativa (PCR) é uma substância produzida no fígado, cuja produção eleva-se quando se apresenta um processo de inflamação e utiliza-se como um indicador para reconhecer doenças cardiovasculares.

Os pesquisadores estudaram um grupo de 123 pessoas com mais de 55 anos que sofriam de insônia, que foram separadas em três grupos. Um grupo teve duas horas de terapia cognitivo-comportamental na semana por quatro meses, o segundo grupo utilizou o mesmo tempo para práticas de Tai Chi, e ao terceiro grupo proporcionou-se um programa educativo sobre sono, envelhecimento e insônia.

Analisaram-se os resultados nos pacientes depois de um ano de tratamento, e pôde-se identificar que as pessoas que participaram dos grupos nos quais se utilizou a prática de Tai Chi e a terapia cognitivo-comportamental tinham menor concentração no sangue de PCR e uma baixa produção de citocinas pró-inflamatórias, considerando que ambos são indicadores associados à inflamação.

Utilizando as amostras de sangue pôde-se identificar também que as pessoas dos grupos com melhores resultados, tinham também uma menor expressão de genes relacionados à inflamação, e um incremento na expressividade dos genes relacionados à produção de anticorpos.

O Dr Michael Irwin, Professor de Psiquiatria na Universidade de Califórnia, em Los Angeles, e líder deste estudo, indicou que ao reduzir-se a insônia, reduziu-se a inflamação a nível sistêmico e genético. O pesquisador destacou que a inflamação contribui ao desenvolvimento de doenças cardiovasculares, depressão e câncer.

Os estudantes da área de Gerontologia da FUNIBER mantêm-se atentos às práticas e tratamentos que podem ajudar a melhorar a qualidade de vida dos idosos para melhorar a qualidade de vida das pessoas da terceira idade.

Fontes: http://fnbr.es/20j http://fnbr.es/20k

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