Sabe-se que dominar mais de um idioma é positivo tanto para o desenvolvimento cognitivo como também para aspectos sociais e profissionais. Porém, a educação de uma segunda língua é um desafio para muitos países.
Segundo o Relatório de Seguimento da Educação no Mundo (Relatório GEM), estima-se que aproximadamente 40% da população mundial não recebe ensino num idioma que fale ou entenda.
O passado colonial é um denominador comum entre os países que não conseguem estabelecer uma educação bilíngue, por exemplo, como acontece na América Latina, em que muitos países continuam usando unicamente o idioma oficial nas escolas.
Também há outros agravantes como são a pobreza, o gênero e a localização em que vivem. De acordo com o relatório, em 2006, dos estudantes mais desfavorecidos na Guatemala que falavam em casa um idioma minoritário, praticamente indígena, apenas 38% conseguiram superar o básico do ensino de matemáticas. Por outro lado, entre os que falavam a língua oficial em casa, e com recursos, 77% alcançaram o nível de estudos requerido.
De fato, a questão idioma e etnia é bastante complexa para uma educação que seja mais inclusiva e democrática. Sabe-se que quando a língua materna de uma criança é ensinada ao mesmo tempo que outra, os resultados nas matérias tendem a ser melhores.
Ao impor um idioma dominante único de instrução nas escolas, principalmente em países multiétnicos, pode resultar em problemas maiores de desigualdade social e cultural.
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Fonte: El idioma y la educación: una relación complicada
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