Apesar dos debates se concentrarem sobre a melhor idade para começar a aprender um segundo idioma, especialista em Linguagem acredita que qualquer idade é boa, desde que se use uma metodologia adequada
Há uma polêmica ainda sem conclusão sobre o início do bilinguismo. Alguns pesquisadores acreditam que ensinar um segundo idioma para crianças pequenas pode ser inconveniente.
Outros, porém, acreditam que ensinar desde o nascimento é o mais recomendável. O neuropsicólogo e professor da Universidade Complutense de Madri, José Antonio Portellano, afirma que “quanto mais precoce seja a aprendizagem da nova língua, mais eficaz será”. Ele afirma que as pesquisas mais recentes mostram que aprender um novo idioma faz com que se aumentem as conexões cerebrais, “ajuda o cérebro a constituir-se melhor”, diz.
De acordo com a especialista em Linguagem e Educação, Selma Moura, apesar de não haver um consenso sobre a idade ideal para iniciar a aprendizagem de uma segunda língua, o bilinguismo traz benefícios cognitivos, sociais, culturais e econômicos.
“A questão que realmente importa não é se a criança está preparada para esta exposição – mesmo porque sabe-se hoje que ela está -, mas sim como essa exposição será feita”, afirma a educadora. Ela acredita que o mais importante é analisar a metodologia de ensino.
Ela acredita que “o mais importante é que as oportunidades de aprendizagem sejam construídas de acordo com o perfil do aprendiz, seja qual for sua idade, respeitando suas necessidades e interesses”, diz em entrevista à revista Educação.
Ela explica que com crianças, a melhor maneira de ensinar é através da brincadeira. “A brincadeira é a forma de apreender e compreender o mundo”.
Já com as crianças maiores, “a investigação, o jogo e a interação com seus pares são essenciais”, explica. Ela continua; “Com adolescentes, seus interesses e sonhos são pontos de partida. E com adultos, suas necessidades e planos pessoais e profissionais são bons motivadores”.
Seja quando for, o bilinguismo é positivo. A educação bilíngue permite a aquisição de uma nova língua, e o desenvolvimento de habilidades que poderão ajudar os alunos a conseguir melhores oportunidades na vida, seja com uma melhor colocação profissional ou acadêmica, seja por desenvolver sensibilidade comunicativa e dar mais voz e autonomia para atuar em outros países.
Selma Moura afirma que “a formação de professores é a chave para o sucesso da educação bilíngue, e a comunicação aberta com a família é essencial nesse processo”.
A FUNIBER patrocina diversos programas para a formação de professores de segunda língua como o Máster en Formación de Profesores de Español como Lengua Extranjera e o Master in Teaching English as a Foreign Language.
Fontes:
Aprender un segundo idioma antes de hablar
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