Conheça 7 propostas educativas inovadoras realizadas em países dos diferentes continentes do planeta que participam da Copa do Mundo
E se aproveitamos a Copa do Mundo para conhecer os projetos educativos mais inovadores dos países que participam do torneio? O site Porvir consultou algumas instituições internacionais e o site InnoveEdu.org para selecionar uma proposta educativa inovadora que acontece em cada um dos 32 países que disputam na Rússia o campeonato de futebol.
Escolhemos sete propostas de diferentes continentes para conhecer um pouco mais sobre cada uma.
Na anfitriã, conhecemos o programa Equal Opportunities que estimula o desenvolvimento de projetos que conectam estudantes, professores, escolas e comunidade. Eles realizam um concurso que identifica e apoia projetos escolares que podem ser replicados em outras organizações educativas no país.
Com o programa, espera-se envolver além da comunidade pedagógica, também os pais e as comunidades locais para as questões da educação, problemas e seus desafios.
Natham é o nome de uma plataforma de vídeos gratuita, desenvolvida para reunir vídeos revisados por professores com conteúdo educativo. Com cerca de 500 mil visitantes mensais, a premiada plataforma divide em diferentes níveis, termos, matérias e calendário acadêmico os vídeos, que costumam ter entre 5 e 15 minutos de duração.
A iniciativa, gratuita, ajuda a que alunos possam resolver dúvidas em casa, complementando a educação escolar, ajudando nos deveres, e evitando os professores particulares. Atualmente tem mais de 23 mil vídeos que atendem a alunos do Egito, Arábia Saudita, Argélia, Síria e Kuait.
Na região da Escandinávia, temos o projeto Kaospilot, escola de ensino superior internacional, localizada na Dinamarca, que trabalha com jovens, formando líderes. A escola, fundada em 1991, mescla conceitos de negócios, design, empreendedorismo e inovação social para preparar estes jovens em cenários profissionais atuais.
A formação dura 3 anos, e os alunos, com idade média de 24 anos, aprendem a partir de casos reais, com clientes de verdade. A partir desta prática, reflexionam e aprendem. A escola não conta com professores internos, sempre convidados que atuam por períodos variados.
Austrália
Wooranna Park é o nome de uma escola australiana que tem uma proposta bastante diferente. O método do aprendizado é autônomo, e os estudantes podem montar o currículo a partir dos interesses pessoais. Neste modelo, os professores atuam como treinadores e facilitadores do conhecimento, que é passado através de projetos interdisciplinares.
Uma outra aposta da escola é pelo espaço. Com um ambiente atrativo para os alunos, é possível realizar diversas dinâmicas que privilegiam a interação social, as reuniões, as áreas multimídia, a robótica e aulas de audiovisual.
Nesta escola, os alunos produzem vídeos, filmes, músicas e outros produtos sobre os temas que estão estudando. Com estas produções, dialogam com alunos ao redor do mundo. A escola é referência no ensino na Austrália e em outros países pela proposta inovadora.
Nigéria
Na África, conhecemos o projeto desenvolvido pela ONG Worldreader que oferece dispositivos para a leitura de livros eletrônicos. Os e-readers são doados às escolas e às comunidades de baixa renda para estimular a leitura.
O projeto foi criado em 2010 com o objetivo de erradicar o analfabetismo nos países com níveis socioeconômicos baixos. O projeto treina ainda professores e alunos para usar os leitores eletrônicos, oferecendo milhares de livros para crianças do ensino fundamental. Há milhares de histórias locais e clássicos internacionais.
O conteúdo também pode ser acessado através de aplicativos instalados nos telefones das famílias. De acordo com o site da InnoveEdu, após alguns meses de uso, as crianças já mostram melhoras significativas na compreensão leitora. Os países que recebem os e-reader são Etiópia, Gana, Quênia, Malawi, Nigéria, Ruanda, África do Sul, Tanzânia, Uganda, Zâmbia e Zimbábue.
Peru
O projeto Innova Schools foi criado pela empresa de design norte-americana IDEO. Tem uma proposta de ensino diferente, e vieram de San Francisco ao país peruano para montar ali um modelo de negócio escolar. Criada em 2012, atualmente a escola tem 29 unidades espalhadas pelo país com mais de 13 mil alunos.
A escola foi encomendada pelo bilionário peruano Carlos Rodriguez-Pastor, com o objetivo de criar escolas de qualidade com baixo custo para os pais. A mensalidade da escola não passa de US$ 190 (cerca de R$ 530), segundo informações do jornal New York Times.
O jornal diz que a metodologia tem apresentado bons resultados já que os alunos vêm mostrando níveis de proficiência superiores que a médica nacional. Em matemáticas, 61% dos alunos da Innova conseguiram proficiência, e a média nacional é de 17%.
Japão
Na pequena cidade de Ama, localizada na remota ilha Nakanoshima, no Japão, um projeto envolvendo a comunidade local conseguiu transformar uma escola que estava correndo o risco de fechar as portas por falta de alunos a ser um modelo que poderia ser replicado em outras partes do país.
O projeto Miryokuka foi desenvolvido para reestruturar a economia da cidade e o sistema educativo local. As prioridades foram definidas para evitar a diminuição da população estudantil e melhorar a qualidade de formação escolar.
Em dez anos, o número de aluno duplicou. Em grande parte, o currículo escolar foi estabelecido para beneficiar a sustentabilidade da ilha. As reformas educacionais da cidade criaram cursos que ofereciam recursos para a atuação profissional local, organizaram um guia de carreira através de classes e seminários e desenvolveram um centro de aprendizado local que atraiu alunos de outras zonas, e que hoje pode ser replicado a outros países.
Os profissionais interessados em conhecer métodos de aprendizado inovadores podem estudar o Mestrado em Educação, patrocinado pela FUNIBER.
Fonte:
Conheça experiências educacionais inovadoras nos 32 países que disputam a Copa do Mundo
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