Como inovar de forma eficaz na educação para atender às demandas de um entorno de transformações constantes? O especialista espanhol Raúl Céspedes defende a evolução ativa
O doutor em Educação, Raúl Céspedes, também professor de Educação Primária e pesquisador, analisa sobre a evolução necessária na escola para uma inovação que tenha sentido e seja eficaz.
O espanhol comenta num artigo publicado na revista Educación 3.0 sobre as mudanças que vivemos socialmente e que nos oferece uma realidade instável, em constante transformação e com uma proliferação “fora de controle” de propostas de melhora.
Ele critica a quantidade de sugestões que se encontram disponíveis na internet dando conselhos de como devemos inovar em sala de aula, ou como realizar metodologias como a Aula Invertida (Flipped Classroom) ou outros movimentos educativos com os alunos.
“Apesar que pareça que é o momento perfeito para evolucionar, o que nos envolve é um entorno instável de constante geração de informação”, disse.
Segundo o especialista, este entorno afeta a educação. “Inovar, na minha opinião, requer analisar esse ecossistema educativo em profundidade, e estabelecer estratégias e ações encaminhadas a melhorar”, avalia.
As escolas ainda seguem um modelo tradicional que têm o livro de texto como suporte, além de manter arquitetura de centros e aulas, e o currículo, praticamente, inalterável. Raúl Céspedes considera que as instituições de ensino deveriam realizar projetos reais, abertos para a liberdade de atuação e respaldados por pesquisas realizadas, tanto de forma interna como externa.
Por isso, o mais importante, segundo o especialista, é “abandonar a ideai de mudança e unir-nos à da pesquisa, já que a mudança virá como consequência, de forma natural”, ressalta. Por isso ele defende uma evolução, e não revoluções.
Nesta evolução, o papel dos professores é fundamental. “Os docentes devem ter força e dar rigor, eficiência e eficácia à prática em aula para poder conseguir os objetivos ao máximo rendimento, com o mínimo esforço e uso de recursos”.
“Proponho que a mudança natural deve surgir da transformação da mentalidade do professorado”, diz.
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