A escola deveria se comprometer com uma formação que respeite a diversidade. Conheça alguns projetos pedagógicos que mostram experiências do ensino para combater à homofobia
A escola tem um papel fundamental na formação cidadã. Para construir uma sociedade que respeite as diferenças é importante que os centros educativos desenvolvam ações específicas que combatem qualquer forma de discriminação.
A revista Carta Educação escolheu cinco projetos pedagógicos realizados em escolas brasileiras que apresentam experiências no combate às práticas homofóbicas.
1- Diversidade na Escola
Neste projeto desenvolvido no Centrinho, em Planaltina, Brasília, as ações foram integrados ao projeto político da escola em 2014 para refletir junto aos alunos sobre questões relacionadas à homofobia, lesbofobia, sexismo e racismo.
Uma média de 1.300 estudantes, junto ao corpo docente da escola, participam de conversas e debates a partir da mostra de filmes sobre estas temáticas. O projeto vem sendo destacado e já recebeu duas premiações por conseguir oferecer aos estudantes essa possibilidade de diálogo e respeito social.
2 – Uma Questão de Acolhimento
No Cieja Sé Cambuci, uma instituição voltada à educação de jovens e adultos em São Paulo, recebe diariamente aproximadamente 600 alunos das mais diversas situações. Eles representam a diversidade e entre todos, desenvolve-se um projeto pedagógico que tem como base o acolhimento.
3 – Formação para a Vida
Na cidade de Belo Horizonte, o Instituto Casa Viva, é uma escola comunitária onde os estudantes aprendem sobre disciplinas escolhidas por eles. Neste centro, com a colaboração com uma organização social que trabalha com a inclusão social de travestis, transexuais e transgêneros, foi possível aproximar os alunos à realidade de um casal de transexuais que contaram mais sobre suas experiências de vida.
O projeto foi completado com a exibição de documentários, filmes e rodas de conversa com os estudantes.
4 – Semana da Filosofia Brito sem homofobia
Neste projeto, a Escola Estadual Professor Joaquim Luiz de Brito, localizada em São Paulo, os estudantes participam de atividades específicas ao longo do ano como debates e discussões. E durante uma semana em novembro, cada ano, é realizada uma série de eventos sobre o tema da homofobia.
Os alunos, junto com os professores, organizam oficinas, exibem filmes e convidam outras organizações para fortalecer e compartilhar as experiências neste assunto.
5 – Quebrando tabus
Já no Rio de Janeiro, um exemplo de projeto é o desenvolvido no Colégio Estadual Monsenhor Miguel de Santa Maria Mochón. Neste exemplo, quem tomou a iniciativa foram os próprios alunos que resolveram se reunir e propor à comunidade escolar uma série de ações para trazer o tema da homofobia dentro da escola.
A estudante Natália da Silva Prefeito, de 15 anos, conta por exemplo sobre uma esquete que eles prepararam para mostrar os papéis de agressor e vítima em casos de agressão homofóbica. A intenção é educar a respeitar à diferença.
Nos programas de Formação de Professores, patrocinados pela FUNIBER, os profissionais relacionados com a educação podem conhecer projetos pedagógicos que oferecem métodos para a formação cidadã.
Fonte: Cinco escolas que atuam no combate à homofobia
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