O neurocientista Manuel Carreiras nos mostra estudos que podem ajudar a definir métodos de ensino que sejam mais efetivos e apresentem melhores resultados
Na conferência Ted, o neurocientista especializado em leitura, bilinguismo e aprendizado de segundas línguas, Manuel Carreira, comenta como a neurociência pode ajudar para a educação a partir das evidências empíricas. Ele ressalta a capacidade do cérebro de se modificar com o aprendizado, aumentando de volume quando aprendemos.
O Dr. Manuel Carreiras apresenta durante a conferência exemplos de estudos que poderiam servir como indicativos iniciais para elaborar metodologias que ajudem aos alunos se desenvolverem melhor.
Por exemplo um estudo que elaborou em que comparava dois grupos de crianças pré-alfabetizadas: um grupo que aprende com o método analítico de dividir palavra em letras, e um grupo que aprende com o método global. No estudo, o grupo que aprendeu com o método analítico demonstrou mais rapidez nas respostas. Então, questiona, qual método deveria ser implantado nas escolas?
O professor Manuel Carreiras questiona assim as modas e linhas ideológicas na educação que defendem por intuição maneiras de se ensinar. Ele defende que a educação deve servir-se da ciência, assim como a medicina ou a engenharia. Então, as políticas públicas na área da educação devem basear-se em estudos.
“A neurociência não vem para substituir a educação”, afirma. Ele lembra que a neurociência não vai criar projetos educativos, mas pode ajudar a avaliar os programas criados e colaborar com ferramentas.
E ainda mais importante, pode ajudar a diagnosticar transtornos de aprendizagem que se detectados de maneira adiantada, seriam facilmente administrados pela educação. Os profissionais da área de Educação, que se capacitam com cursos oferecidos pela FUNIBER, podem conhecer mais sobre Avaliação e Diagnóstico Psicopedagógico no Mestrado em Intervenção Psicológica no Desenvolvimento e na Educação.
O Dr. Manuel Carreiras é diretor científico do BCBL (Basque Center on Cognition, Brain and Language), na Espanha, e pesquisador do centro IKERBASQUE. Para assistir a conferência completa, assista o vídeo: