Uma das questões mais controversas que o esporte enfrenta é a desigualdade de gênero. Não há apenas desigualdade na participação e oportunidade, mas também na remuneração e na cobertura da mídia.
O foco da conversa é muitas vezes como as mulheres ganham menos que os homens e a injustiça de não serem reconhecidas apesar da mesma quantidade de trabalho que fazem.
Atletas masculinos de basquete, golfe, futebol, beisebol e tênis ganham de 15% a 100% a mais do que atletas do sexo feminino. A seleção feminina de futebol dos Estados Unidos trouxe essa conversa à tona nos últimos anos.
Depois de vencer a Copa do Mundo em 2015, foi revelado que esse time recebeu um quarto do que o time masculino de futebol ganhava. Isso apesar do fato de a seleção feminina ter conquistado quatro Copas do Mundo desde o início do programa em 1985, enquanto os homens, que disputaram sua primeira Copa do Mundo em 1930, ainda não venceram nenhuma.
A equipe enfrentou uma batalha judicial de seis anos envolvendo um processo de discriminação de gênero. O acordo alcançado este ano exige que os EUA O futebol paga US$ 24 milhões aos jogadores e se compromete a igualar o salário entre as seleções masculina e feminina.
Ainda assim, a desigualdade salarial continua.
O salário médio da NBA em 2022 é de US$ 7,5 milhões; o salário médio da WNBA é de aproximadamente $ 116.000. No golfe profissional, o prêmio total do PGA Tour deste ano é de US$ 633 milhões para 48 eventos, enquanto o do LPGA Tour é de US$ 73,3 milhões para 35 eventos.
Outro importante é a cobertura midiática do esporte feminino. Isso tem um impacto direto na capacidade de um esporte de atrair e reter patrocínios comerciais e pode afetar a sustentabilidade de atletas, esportes e competições.
A mídia apresenta o esporte como se houvesse esportes masculinos (futebol e hóquei) e femininos (ginástica e patinação artística), alinhando-se às expectativas tradicionais de atletas masculinos e femininos. Isso torna mais difícil quebrar as barreiras tradicionais de gênero e permitir que as mulheres participem de esportes ‘masculinos’ e homens em esportes ‘femininos’.
Além disso, apesar de as mulheres representarem 40% dos atletas, elas continuam a receber apenas 4% da cobertura total da mídia esportiva impressa e transmitida, incluindo flutuações durante as Olimpíadas ou a Copa do Mundo.
O que isso indica é que todos nós coletivamente precisamos fazer mais pela igualdade de gênero. Precisamos fazer mudanças para a próxima geração de meninas e mulheres. Não deve haver disparidade nos esportes, no local de trabalho ou na vida.
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Fontes:
Athelo Group: “Gender Inequality in Sports”
The New York Times: “U.S. Soccer and Women’s Players Agree to Settle Equal Pay Lawsuit”
Eckerd College: “Landmark Women’s Soccer Compensation Decision Highlights Gender Inequities in Sport”
Sports Illustrated: “New Study Finds Wide Disparity in TV Coverage of Women’s, Men’s Sports”
Athlete Assessments: “The Gender Equality Debate: A Boost for Women in Sport”
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