Cabecear no futebol pode alterar o cérebro

Cabecear no futebol é uma jogada muito popular em qualquer partida e, certamente, uma das grandes chances de conseguir um gol. Porém pode representar sérios danos para os jogadores.

Uma nova pesquisa publicada na edição de fevereiro de 2022 da Brain Injury sugere de forma alarmante que a cabeçada pode danificar “vias de sinalização” no cérebro. Estas conclusões baseiam-se na análise de amostras de sangue de 89 jogadores profissionais de futebol, com idades compreendidas entre os 18 e os 35 anos, na Noruega.
Os dados foram coletados primeiro quando os jogadores estavam em repouso e depois uma hora e 12 horas após essas três situações: cabeceamentos repetitivos durante o treino, impactos acidentais na cabeça durante uma partida e exercícios de alta intensidade.

Amostras de sangue foram analisadas para níveis de microRNA, que podem ser modificados em resposta a lesão cerebral traumática leve (TCE). Tanto o cabeceamento da bola quanto os impactos acidentais na cabeça afetaram os microRNAs associados a várias vias de sinalização do cérebro. O exercício de alta intensidade não teve efeito.

“Este é um estudo exploratório de tamanho de amostra relativamente pequeno, mas descobertas futuras que ampliam nossa pesquisa podem levar a uma melhor compreensão dos efeitos potencialmente perigosos de impactos repetitivos na cabeça. Como milhões de pessoas jogam futebol em todo o mundo, isso pode ter uma influência substancial na saúde pública”, diz Stian Bahr Sandmo, do Centro de Pesquisa de Lesões Esportivas de Oslo da Escola Norueguesa de Ciências do Esporte.

A FUNIBER promove estudos relacionados a este tema, tais como:

 

Fonte: Soccer Headers May Disrupt Key ‘Pathways’ in the Brain

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