Estudo mostra que a prática de atividade física pode oferecer maior proteção às crianças que seguem tratamentos contra o câncer
As crianças que são sofrem com câncer poderiam melhorar a função cardíaca, e diminuir o tempo de hospitalização, se conseguem praticar atividade física durante o tratamento.
Segundo um estudo, desenvolvido pela Universidade Europa de Madri, em colaboração com o Hospital Niño Jesus, a prática de atividade física com os pacientes infantis poderia ainda reduzir em 17% os gastos com o tratamento.
As crianças que sofrem com o câncer, e passam por um tratamento, podem sofrer efeitos adversos que podem continuar durante muito tempo, mesmo após o fim da terapia. O coração é talvez o órgão mais afetado, segundo o professor Javier Morales.
Ele investigou dados de 169 crianças com tumores, que foram divididos em dois grupos, um dos quais seguiu um programa de treino supervisionado e individualizado. No outro grupo, as crianças não seguiram nenhum protocolo de atividade física.
A atividade física consistiu em duas ou três sessões semanais, que incluíam exercícios aeróbicos e de força, com uma duração diária de 60 minutos.
Para avaliar os resultados do estudo, os pesquisadores tiveram em conta alguns fatores como os dias de hospitalização, a função cardíaca, risco de recaída ou evolução, e sobrevivência. Os resultados sugerem que a prática de atividade física fez com que as crianças permanecessem menos tempo e se recuperassem mais rápido.
Além disso, a função cardíaca se manteve estável. Já no grupo que não seguiu o protocolo de exercícios físicos, o ventrículo esquerdo se mostrou mais debilitado.
O estudo ganhou o 1º Prêmio Nacional de Pesquisa em Medicina de Esporte Liberbank que concede a Universidade de Oviedo.
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Fonte:
El ejercicio físico en niños con cáncer mejora la función cardíaca
Estudo: Inhospital Exercise Training in Children With Cancer: Does It Work for All?
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