Estudo na Alemanha não encontra associação entre as maratonas de longa distância e o desenvolvimento de enfartos
Há um debate sobre o risco de sofrer um infarto provocado por corridas que exigem grande esforço físico. Mas de acordo com um estudo recente, publicado na edição online do dia 7 de junho da revista European Journal of Preventive Cardiology, correr em maratonas de longa distância não representa um dano ao coração.
Pesquisadores da Alemanha, analisaram as artérias de 97 maratonistas que tinham feito uma média de onze corridas longas, maratonas, ultramaratonas ou meia maratonas. A média dos maratonistas estava em 58 quilômetros percorridos por semana e 1.638, por ano.
O esforço das longas distâncias para o corpo não afetou a saúde dos participantes. Mas no caso da idade, sim. A idade foi a única característica que se associou independentemente para a saúde das artérias.
De acordo com o líder do estudo, o Dr. Axel Pressler, diretor do Centro de Prevenção da Universidade Técnica de Múnich, “quando envelhecemos nossas artérias ficam mais rígidas e já não são tão elásticas”. “Nosso estudo mostra que os corredores que completaram 20 maratonas não possuem artérias mais rígidas nem uma função dos vasos sanguíneos mais deteriorada que as pessoas da mesma idade que tinha completado cinco maratonas ou nenhuma”, afirmou.
Os pesquisadores indicam que as conclusões não revelam nenhum alarme sobre a corrida para o coração. “Parece que é possível correr todas as maratonas que se deseje, e não estar em perigo por desenvolver algum deterioro da função dos vasos sanguíneos nem aterosclerose”, disse Pressler.
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Fonte: Correr maratones no daña las arterias (Medline Plus)
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