Um estudo revela que se manter forte e magra pode prevenir o desenvolvimento da incontinência urinária por estresse entre mulheres
Um estudo com quase 1.500 mulheres entre 70 e 79 anos de idade revela que é possível prevenir o risco de incontinência urinária por estresse. Os resultados da pesquisa mostraram que a redução de 5% do índice de massa corporal foi suficiente para diminuir em 50% o risco de sofrer este incômodo.
Outro indicativo encontrado pelos pesquisadores está relacionado à força. De acordo com o estudo, a redução de força no agarre de mão em 5% está vinculado a probabilidades de incontinência urinária por estresse. Como afirmam os autores, o agarre de mão pode servir como indicativo da força muscular geral.
“As mudanças na composição corporal e na força de agarre se associam com mudanças na frequência da incontinência urinária por estresse ao largo do tempo”, afirmou uma das autoras do estudo, Dra. Anne Suskind, professora assistente de urologia na Universidade da Califórnia.
Porém a pesquisadora ressalta que na incontinência urinária urgente, que pode ser provocada por problemas neurológicos, os mecanismos são diferentes e não há indicativos de mudanças a partir do estudo. “Cada tipo de incontinência se trata de forma distinta”, lembrou Suskind.
Perder peso e ganhar força
Os autores interpretam que perder peso poderia aliviar parte da pressão sobre a bexiga. Já a força física geral permitiria músculos mais fortes que ajudariam também a suportar esta pressão.
A Dra. Megan Schimpf, presidente do Comitê de Educação Pública da Sociedade Americana de Uroginecologia destacou a importância da visita ao médico quando se sofre de incontinência. “Lamentavelmente, muitas mulheres supõem que estes problemas são normais, e sem dúvida não é assim”, afirmou.
Há muitos tratamentos para a incontinência por estresse, por exemplo, a fisioterapia para a região pélvica. Os profissionais da área de Esporte podem se especializar com os cursos promovidos pela FUNIBER para atuarem de uma maneira eficiente no cuidado e bem-estar da população.
Fonte: Medline Plus
Artigo original: Journal of the American Geriatrics Society
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