É importante estimular o esporte infantil para evitar a obesidade entre crianças e adolescentes, e oferecer atividades adequadas para cada fase de desenvolvimento
As crianças já não brincam mais nas ruas. O estilo de vida das cidades exige cada vez mais que as crianças vivam uma rotina adulta: estudando em salas fechadas e assistindo a vídeos e jogos virtuais. A consequência é o excesso de peso. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a obesidade infantil é um dos problemas mais graves do século XXI, e afeta a todo o mundo, especialmente às crianças que vivem nas cidades.
De acordo com a OMS, a causa fundamental da obesidade infantil é o desequilíbrio entre a ingestão calórica e o gasto calórico. A tendência a diminuir a atividade física nas práticas recreativas, a crescente urbanização e a falta de espaços públicos seguros para crianças são algumas das causas para o sedentarismo infantil.
A educação física para crianças, importante estímulo
As escolas devem proporcionar uma atividade física adequada para cada faixa etária e respeitar o desenvolvimento específico de cada etapa. Assim também as escolas que se especializam na formação esportiva como são as escolas de futebol, por exemplo, devem ter claras quais são as necessidades de aprendizagem para cada idade.
Vários especialistas da área de esporte coincidem em destacar fases sensíveis para o aprendizado do esporte infantil. O respeito às fases de desenvolvimento motriz permite um processo de crescimento favorável ao equilíbrio físico das crianças e jovens, respeitando o rendimento e evitando fadiga e lesões esportivas.
De acordo com os doutores Casasnovas e Zurbo de Mirotti, membros do Comitê de Medicina do Esporte Infanto-Juvenil, da Sociedade Argentina de Pediatria, no artigo “Esquema General de las Etapas de Inicio, Desarrollo e Intensificación sobre las Fases Sensibles”, pode-se ter em consideração o seguinte esquema:
Dos 4 aos 7 anos: O objetivo deve ser a atividade motora através do desenvolvimento de habilidades como a coordenação, o equilíbrio e a velocidade. Também é importante explorar o conhecimento sobre o corpo e a orientação espacial. Há muitas atividades e jogos que podem ser usados para explorar esta fase.
Entre 8 e 9 anos: É possível começar uma atividade esportiva prévia a partir de pequenos esportes que permitam desenvolver as aptidões motrizes e funcionais. Um exemplo é a prática de atletismo que permite melhorar o salto, o lançamento e a corrida. Entretanto, estas ações não devem ter finalidade competitiva.
Entre 10 e 12 anos: A habilidade geral e motora já adquirida permite a iniciação em atividades mais específicas que estimulem a flexibilidade, a força e a resistência. Em esta fase se pode incorporar técnicas e gestos próprios de cada esporte.
Dos 13 aos 15 anos: Nesta fase acontece a puberdade. Nesta etapa adolescente, pode-se começar o esporte com todas as suas regras e sessões de treinamento, respeito os momentos evolutivos próprios de cada adolescente em particular. Os esportes podem ser de equipe ou individuais, e deve-se ter controlado os aspectos de rendimento para evitar o cansaço e a tensão emotiva e psíquica.
A partir dos 16 anos: O adolescente está preparado para a competição. Porém, esportes que exigem muito peso como o fisiculturismo devem esperar que se complete o desenvolvimento morfofuncional do adolescente.
Na FUNIBER, os programas de estudo da área de Esporte permitem a formação necessária para que os profissionais esportivos possam enfrentar os desafios do esporte infantil nas escolas.
Fontes: http://fnbr.es/33p, http://fnbr.es/33q, http://fnbr.es/33r
Foto: Todos os direitos reservados