Três aspectos chave para gerir pessoas em empresas familiares

Para gerar impacto e crescimento em uma empresa familiar é necessário administrar o recurso humano que faz parte dela

Na Espanha, segundo o Instituto de Empresa Familiar (IEF), as empresas familiares representam 89% do total de empresas privadas. Isso significa que são responsáveis por 57,1% do valor acrescentado bruto do setor privado e geram 67% dos empregos do setor privado, o equivalente a 6,58 milhões de postos de trabalho, diante dos 3,28 milhões de empregos das empresas não familiares.

Nesse sentido, os alunos bolsistas da FUNIBER do Mestrado em Direção Estratégica de Empresas Familiares adquirem ferramentas de gestão que potencializam suas capacidades nos âmbitos de seleção e desenvolvimento dos recursos humanos, o mais difícil de administrar neste tipo de empresas pela pouca clareza que existe ao diferenciar o pessoal e profissional. Por exemplo, quanto a tomada de decisões, os proprietários e/ou diretores costumam confundir e priorizar os vínculos de caráter emocional e pessoal, deixando as aptidões e competências profissionais em um segundo plano, sendo estas fundamentais no âmbito trabalhista.

Então, como administrar uma empresa familiar de maneira adequada? Disponibilizamos três aspectos chave para chegar a este objetivo:

  1. Clara estrutura corporativa:

Ainda sendo uma empresa PME, é importante ter clara a estrutura empresarial. Devido à natureza das empresas familiares, geralmente o fundador também a dirige e a administra. Por isso, é vital formar um Comitê de Direção integrado por um Diretor Geral, que representa os interesses da empresa, e um Diretor Executivo, que é o responsável por liderar, administrar e controlar a estratégia.

  1. Diferenciar o talento:

Em toda empresa ou organização existirão dois tipos de colaboradores: com talento estratégico e com talento tático. É essencial distinguir aqueles que contribuem com valor ao crescimento do negócio por seu talento estratégico, já que são essenciais para a sobrevivência do negócio, enquanto quem possui talento tático é importante, mas não imprescindível. Esta primeira diferenciação permitirá estabelecer prioridades nos planos de desenvolvimento de cada pessoa.

  1. Estabelecer um plano individual de desenvolvimento:

Os planos de desenvolvimento estão orientados a um propósito. Como resultado de um diagnóstico da formação e desenvolvimento do talento do recurso humano, estabelecem-se metas para alcançar e é importante estabelecer as táticas necessárias para chegar ao objetivo proposto.

A implementação destes passos merece o projeto de uma agenda de acompanhamento e avaliação destes planos de desenvolvimento para monitorar a evolução nas capacidades do recurso humano e fazer os ajustes quando necessário. Nas empresas familiares, o trabalho de gestão de recursos humanos organizado facilita a que se mantenha a diferenciação entre os papéis de propriedade e gestão.

Fonte: Empresa familiar: cómo gestionar las personas

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