Nos próximos 35 anos, mais de 100 cidades terão uma população superior a 5,5 milhões de habitantes, algumas delas são latino-americanas, segundo estudo
Segundo um estudo dos professores Dan Hoornweg e Kevin Pope da Universidade de Ontario Instituto em Tecnologia sobre meio ambiente e urbanização, publicado em Sage Journals, portal de pesquisa científicas, para finais de século, prevê-se que a população mundial oscile entre 6.900 e 13.100 milhões, assim como que residam nas 101 cidades maiores.
As cidades pequenas na África e Ásia poderão ser as mais afetadas pela sobrecarga populacional segundo os professores.
O estudo serve de suporte para um especial sobre cidades sobrecarregadas publicado no The Guardian, o qual manifesta que o que aconteça com as cidades com muita população nos próximos 30 anos, determinará o ambiente global e a qualidade de vida das pessoas.
Neste sentido, o artigo expõe o argumento de muitos economistas que sustentam que o crescimento da população é necessário para criar riqueza, e que a urbanização reduza significativamente o impacto ambiental da humanidade. O problema consiste em que as cidades devem se reestruturar para não se ver afetadas pelo crescimento demográfico.
“Muitas cidades já estão investindo em transporte limpo e água, rede de esgoto, energia renovável, planejamento, bem-estar e boa moradia para todos” afirma o jornalista do especial, John Vidal.
Casos na América Latina
De acordo com o artigo, atualmente na cidade do México, há 20 milhões de pessoas e se prevê que em 2050 sejam 25 milhões. “Ninguém esperava que a Cidade do México crescesse tanto”, diz Priscilla Connolly, professora de sociologia urbana da Universidade Autônoma Metropolitana. “Houve uma política pró-população. Agora, a cidade deixou que crescer e as cidades médias estão crescendo mais rápido” sustenta Connolly.
No Alto (Bolívia), a população atual é de um milhão e se estima que no de 2050 sejam 2,5 milhões de pessoas. “O Alto é uma cidade em progresso, que começa a prosperar à medida que a indústria e sua economia se desenvolvem”, diz o cidadão Mario Mamani, quem chegou ao Alto faz 10 anos. O pesquisador urbano Fernando Aragón-Durand, autor principal do relatório especial do Painel Intergovernamental de Peritos sobre a Mudança Climática da ONU sustenta que “o México, Brasil, Argentina e Uruguai lideraram a urbanização da América Latina. Mas, ainda estamos tratando de compreender as implicações de seu efeito sobre o meio ambiente”. Portanto, o crescimento urbano deve ser pensado acorde a políticas de meio ambiente, qualidade e prevenção nas cidades.
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Fonte: Una ciudad de 100 millones de habitantes es posible. ¿Cómo nos hacemos cargo del futuro?
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