Após um ciberataque, é importante saber como informar para evitar danos maiores. Estudo aponta que muitas empresas não têm um plano de comunicação de crise
Seja por questões econômicas ou por privacidade dos dados, um ataque cibernético pode gerar uma perda significativa para uma empresa. Mas após sofrer, como se deve proceder? Um dos aspectos mais negligenciados é o plano de comunicação de crise.
De acordo com uma pesquisa realizada pelo MIT, em parceria com a FireEye e a Hewlett Packard Enterprise, 44% das empresas não tem um plano de comunicação de crise e 15% desconhecem que ele exista na empresa. O estudo foi realizado com 225 empresas.
Os dados revelam um erro comum já que as companhias devem estar preparadas para lidar com as consequências de um ataque cibernético, cada vez mais comum. Além dos gastos do crime, poderiam ter ainda mais prejuízo devido à má comunicação do incidente para os clientes.
De acordo com a pesquisa, geralmente os ciberataques são reportados por terceiros, surpreendendo as empresas e apontando insegurança em relação aos dados internos. Outro detalhe apontado é que o crime pode ocorrer durante muito tempo sem ser detectado. Esta invasão por muito tempo torna ainda mais complicado o controle da crise para os diversos públicos e clientes.
Às empresas, recomenda-se sempre reportar o ataque aos acionistas, clientes, parceiros e funcionários que devem estar cientes sobre o incidente. A informação passada lhes ajudará a proteger os dados pessoais e evitar maiores problemas.
Segundo o vice-presidente global da FireEye Inc., Vitor de Souza, para um plano de comunicação contra a crise é importante ter em conta algumas recomendações:
- “Estabeleça o time de comunicação de crise. Selecione os profissionais de comunicação, do departamento legal, do time de TI e da diretoria que estarão envolvidos no momento”;
- Se não houver uma equipe experiente, busque auxílio externo. “Eles poderão desenvolver um plano de resposta às crises, com diferentes cenários. Caso o temido momento de crise venha a acontecer, seus porta-vozes saberão o que e como comunicar”, aponta Vitor;
- É importante unificar a mensagem entre todos os porta-vozes que devem receber um media training antes;
- Elabore nos canais de comunicação uma informação precisa e rápida sobre o incidente. “Disponibilize também canais de atendimento onde os diversos públicos- de acionistas à imprensa -, possam fazer perguntas ou enviar informações”, afirma.
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Fonte: http://fnbr.es/3n6
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