Órgão sanitários portugueses se empenham em criar um plano de saúde global pensado em prevenir as mortes por resistência aos antibióticos
Em Portugal, o governo começa a tomar medidas para combater a resistência aos antibióticos, um problema que poderá se tornar grave nos próximos anos. Estima-se que em 2050, esta resistência poderia provocar a morte de 10 milhões de pessoas anualmente, em todo o mundo.
Em Portugal, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) prevê que em 30 anos, o país terá uma média anual de 1.100 mortes por infecções bacterianas muito resistentes.
O governo português divulgou o Plano Nacional de Combate à Resistência aos Antimicrobianos 2019-2023. O plano foi homologado pela Direção-Geral de Saúde, a Direção-Geral da Alimentação e Veterinária e a Agência Portuguesa do Ambiente.
O plano está orientado a partir de seis objetivos globais:
- Prosseguir a implementação do conceito de “uma só saúde”
- Melhorar o conhecimento sobre a resistência aos antimicrobianos
- Fortalecer a base de conhecimentos e evidência através da vigilância epidemiológica, monitorização ambiental e investigação
- Reduzir a incidência da infecção
- Otimizar o uso dos microbianos
- Manter o compromisso e aumentar o investimento sustentado em novos medicamentos, ferramentas de diagnóstico, vacinas e outras intervenções relevantes
Para alcançar estes objetivos, entre as estratégias, preveem elaborar conteúdos específicos para programas escolares e a inclusão de mais informação e formação sobre este tema nos currículos acadêmicos das áreas de saúde, medicina, farmácia, enfermagem, entre outros.
A FUNIBER patrocina o Mestrado em Saúde Pública, um programa para os profissionais interessados em ampliar conhecimentos e ferramentas de gestão da saúde pública.
Fonte: Resistência a antibióticos nas escolas
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