Tese: Níveis de ácido fólico em pacientes com doença renal

Os pacientes que são submetidos a diálise podem sofrer de deficiência de ácido fólico. Uma pesquisa procura identificar se é necessário avaliar os níveis de vitaminas nos pacientes regularmente

Os pacientes que são submetidos a tratamentos de diálise têm um maior risco de padecer de deficiência vitamínica. Foi identificado que o tratamento por diálise pode ocasionar uma perda de vitaminas hidrossolúveis no processo. A vitamina B9 ou ácido fólico é uma vitamina hidrossolúvel importante, por essa razão Amagoia Otsanda Celayeta Zamacona decidiu apresentar seu trabalho “Níveis de ácido fólico em pacientes com doença renal crônica avançada e pacientes em diálise peritoneal” para pleitear o Mestrado Internacional em Nutrição e Dietética oferecido pela FUNIBER

O ácido fólico é necessário para uma adequada geração de glóbulos vermelhos, além disso a vitamina B9 participa do metabolismo da proteína homocisteína, um fator que foi relacionado com um maior risco cardiovascular, por essa razão é necessário estabelecer se é necessário avaliar os níveis desta vitamina para garantir a melhoria do paciente. A Sociedade Espanhola de Nefrologia estabeleceu que o controle evolutivo dos níveis de ácido fólico em diálise é opcional.

O trabalho da Celayeta busca saber se os pacientes com insuficiência renal têm realmente um maior risco de apresentar déficit vitamínico, recorrendo a uma revisão bibliográfica e a uma avaliação do ácido fólico no sangue em um grupo de pacientes com insuficiência renal.

O especialista afirma que a experiência mostra que alguns meses depois de iniciar os tratamentos de diálise os pacientes apresentam carência de ácido fólico, mas dito déficit não é observado em pacientes com Doença Renal Crônica Avançada (DRCA) nos estágios 4 e 5. Por essa razão é necessária uma análise detalhada da evolução dos pacientes para conseguir definir com certeza se existe déficit vitamínico, estabelecendo uma monitoração dos níveis de vitaminas de forma obrigatória e não opcional, tendo em conta as complicações que podem surgir pelas carências vitamínicas.

Celayeta indica que para esta avaliação registrou a patologia renal de base e doenças concomitantes de 38 pacientes, fazendo uma revisão dos parâmetros analíticos (considerando sangue e urina), o estado clínico dos pacientes e a evolução do tratamento das pessoas em suas visitas rotineiras. Avaliou-se também os efeitos das restrições de frutas nos níveis de ácido fólico dos pacientes e as medidas culinárias para o cuidado da saúde dos pacientes.

Pode-se acessar o documento da tese neste link no Slideshare.

. A seguir trazemos um resumo de seu trabalho e oferecemos um link para ler o documento na íntegra.

Foto CC: Fillmore Photography