Comer alimentos picantes pode reduzir o risco de morte

Pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade de Harvard, em Boston, desenvolveram um estudo que permitiu identificar que o consumo de alimentos picantes poderia reduzir o risco de mortalidade, sobretudo em casos relacionados com câncer e doenças cardíacas.

O estudo, realizado entre 2004 e 2008, permitiu obter os dados de alimentação de 199 mil homens e 288 mil mulheres de dez regiões da China. Durante a pesquisa, mais de 20 mil participantes faleceram. Os resultados da pesquisa foram publicados na edição on-line de 4 de agosto da revista BMJ.

Neste estudo, não se realizou um registro das espécies utilizadas para condimentar os alimentos, tampouco se mediu o nível de ardência dos alimentos,

Os pesquisadores identificaram que ao consumir alimentos frescos picantes, as pessoas conseguiam reduzir o risco de morte em 10%, enquanto as pessoas que consumiam alimentos picantes de três a sete dias, conseguiram reduzir o risco de morte em 14%. O consumo de pimentas frescas relacionou-se a um risco mais baixo de morrer por câncer, enfermidades cardíacas e diabetes tipo 2. Os responsáveis pelo estudo ressaltaram que não se encontrou uma causa direta, apenas uma relação entre o consumo de alimentos picantes e a redução do risco de morte. Portanto, requerem-se mais estudos para provar a casualidade.

Lona Sandon, nutricionista registrada e professora assistente de Nutrição Clínica no Centro Médico da Universidade do Texas Southwestern, em Dallas, explicou que as especiarias são ricas em antioxidantes e são fonte de vitamina C. Sandon indicou que a capsaicina dos alimentos picantes pode ajudar a combater inflamações.

Ao analisar os efeitos das especiarias utilizadas na cozinha, Sandon apontou que outros ingredientes comuns, como o curry e o alho, protegem do câncer e ajudam em dietas que procuram reduzir o colesterol e a pressão arterial.

Os estudantes dos Mestrados e Especializações em Nutrição da FUNIBER aprendem a utilizar as propriedades de diversos alimentos para poder elaborar dietas que beneficiem a pacientes com certas doenças, ou realizar recomendações para que as pessoas aprendam a cuidar de sua saúde utilizando alimentos e condimentos que contribuam com maiores benefícios.

Fonte: http://fnbr.es/1mi

Fotografia: Alguns direitos reservados por Wolfgang Lonien