Alimentos orgânicos podem ser mais saudáveis

Um estudo publicado em 14 de julho na revista British Journal of Nutrition identificou que os vegetais orgânicos podem ser mais saudáveis, considerando que possuem menor quantidade de resíduos de cádmio e agrotóxicos. Embora não se tenha identificado claramente o que isto significa para a saúde das pessoas, o estudo abre portas para novas pesquisas.

Charles Benbrook, professor da pesquisa do Centro de Sustentabilidade da Agricultura e dos Recursos Naturais da Universidade Estadual de Washington, coautor do trabalho, afirmou que o estudo proporciona resultados mais precisos sobre nutrientes específicos, e oferece evidência confiável sobre os níveis de cádmio nos alimentos não orgânicos.

Os pesquisadores constataram que nas plantações não orgânicas os níveis de resíduos de agrotóxicos eram quatro vezes mais altos, enquanto que os níveis de cádmio eram o dobro das quantidades encontradas em cultivos orgânicos.

Neste novo estudo foi identificado que pelo menos metade dos cultivos orgânicos apresenta até 17% mais antioxidantes do que os alimentos tradicionais. Os pesquisadores indicaram que foram encontrados níveis especialmente altos de flavononas, flavonoides e antocianinas.

Os cientistas acreditam que os antioxidantes ajudam a proteger as células do corpo contra a lesão produzida pelo estresse e pelos elementos nocivos do ambiente.

Carl Winter, vice-presidente do departamento de ciências e tecnologias de alimentos na Universidade da Califórnia, em Davis, criticou o estudo e suas conclusões, considerando que não é relevante comparar as diferenças entre as quantidades de cádmio em ambos os tipos de cultivos, pois o mais importante, do seu ponto de vista, é identificar “a quantidade de cádmio ao qual estamos expostos”.

Winter comentou que os cultivos tradicionais têm doses de agrotóxicos menores do que os que provocam problemas de saúde nos animais de laboratório.

O estudo foi financiado por Sheepcrove Trust, uma organização de caridade que ajuda a agricultura orgânica.

Fonte:

http://www.nlm.nih.gov/medlineplus/spanish/news/fullstory_147360.html

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