Uma pesquisa publicada na revista “Basic Research in Cardiology” indica que consumir cerveja de forma moderada pode trazer certo nível de proteção perante lesões agudas no miocárdio relacionadas ao infarto e melhorar a função cardíaca.
Neste estudo se observou a evolução de animais de laboratório em duas etapas. Na primeira fase do estudo, animais foram alimentados com uma dieta rica em colesterol durante 10 dias e, além disso, se introduziu álcool na alimentação dos animais, dividindo-os em quatro grupos. O primeiro grupo consumiu 12,5 gramas de álcool por dia, o segundo, 25 gramas de álcool por dia, ao terceiro grupo foi dado cerveja sem álcool e o grupo de controle não consumiu cerveja.
Depois dos 10 dias iniciais, um infarto foi induzido nos animais e continuaram a dar álcool aos sujeitos do experimento por 21 dias. Os animais que receberam em sua dieta uma quantidade leve ou moderada de cerveja manifestaram um menor nível de estresse oxidativo e morte celular (apoptose), assim como uma melhor fibrose reparativa no coração e melhor funcionamento cardíaco.
Identificou-se que 21 dias após o infarto do miocárdio, o tamanho da cicatriz no coração era significativamente menor nos animais que receberam em sua dieta cerveja tradicional e sem álcool quando comparados com os que não beberam.
Esta bebida contém antioxidantes naturais conhecidos como polifenois, destacando, o xanthoumol, presente no lúpulo, um componente cujas evidências científicas indicam que oferece um efeito protetor da saúde cardiovascular, da mesma forma que o consumo de baixas quantidades de álcool.
Os pesquisadores ressaltam que esta experiência demonstra que tanto a ingestão de cerveja tradicional, como a cerveja sem álcool podem proporcionar certo nível de proteção contra os problemas cardíacos, porque, como se observa, produz menor dano ao miocárdio na ocorrência de um infarto e permite melhor recuperação.
Fonte: EuropaPress
Link: http://www.europapress.es/salud/noticia-consumo-moderado-cerveza-puede-mejorar-funcion-cardiaca-global-sufrir-infarto-20130513135838.html
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