As emissões de dióxido de carbono (CO2) aumentarão 4,8% de acordo com a Agência Internacional de Energia (AIE), depois de cair 5,8% em 2020, devido à pandemia.
O consumo de carvão este ano chegará a 60%, o que excede a quantidade contribuída por todas as energias renováveis combinadas.
Fatih Birol, diretor executivo da AIE, aponta que “as emissões globais de carbono crescerão em 1,5 bilhões de toneladas este ano, impulsionadas pelo uso do carvão no setor de energia elétrica”. É um aviso terrível de que a recuperação econômica da crise de Covid é tudo menos sustentável para nosso clima”.
Emissões globais
Do total das emissões globais, a China será responsável por 55% do aumento do consumo de carvão e contribuirá com 500 milhões de toneladas adicionais de CO2, 6% a mais do que as emissões de 2019. Atrás estão os Estados Unidos, com 13,5% de CO2 seguido pela União Europeia, com 7,3%.
A demanda de eletricidade da China é um dos principais culpados, já que as usinas elétricas do país utilizam este mineral para gerar eletricidade, o que representa um terço do consumo total mundial.
A luta pelas energias renováveis
As energias renováveis aumentaram em 3% em 2020 devido à sua competitividade no mercado de eletricidade. Em 2021, espera-se que o crescimento permita que as energias renováveis se aproximem de 30% da produção de eletricidade, em comparação com 27% em 2019.
Por sua vez, a China estará na vanguarda de novas iniciativas de eletricidade renovável, compensando suas emissões de CO2. A energia eólica será o maior contribuinte para a expansão dessas capacidades, com um aumento de 275 terawatts-hora e 17% anuais.
Os benefícios da pandemia
No que diz respeito ao consumo de petróleo, sua demanda caiu 8,8% em 2020 devido a medidas pandêmicas que restringiram a mobilidade, entre outras. Com a recuperação parcial no transporte, haverá uma recuperação de 6% em 2021, 3,2% abaixo dos níveis de 2019. Em contrapartida, o consumo de gás natural aumentará 3,2%, compensando as perdas de 1,9% em 2020.
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Fonte: Las emisiones de CO2 se dispararán en 2021
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