O maior lago do mundo se evapora com o aumento das temperaturas, e no pior dos cenários, poderá perder 34% de água até o final do século.
O Mar Cáspio, o lago mais grande do planeta, poderá perder até um terço de sua superfície nos próximos cem anos, segundo um estudo prognóstico desenvolvido por pesquisadores alemães e holandeses e publicado na revista científica Communications Earth and Environment.
A estimativa leva em consideração o ritmo de descenso da água, desde os anos 70, quando se calculava uma perda de um centímetro anual. Nas décadas mais recentes, o lago perdeu entre seis e sete centímetros por ano. Os cientistas acreditam que este ritmo poderá ser mais acelerado nas próximas décadas.
O pesquisador da Universidade de Bremen, na Alemanha, Matthias Prange, afirmou que “o modelo prediz um descenso do nível do mar no Cáspio de nove metros num cenário de emissões intermediário e de 18 metros em um de altas emissões para o final do século”, afirmou no jornal El País.
Assim, se não se cumpre o Acordo de Paris, o Mar Cáspio poderia perder 34% de sua superfície.
Esta perda está relacionada com dois fatores: o aquecimento global e uma política agrária mal planejada. No primeiro caso, a evaporação do lago se prevê superior às chuvas de inverno que, mesmo com a previsão de aumento do volume para os próximos invernos, será inferior ao efeito de evaporação, provocado pela subida das temperaturas.
Os autores destacam que a perda de um terço do mar poderia transformá-lo em um ambiente sem vida. O pesquisador, Frank Wessenlingh, co-autor do estudo, explica que uma menor quantidade de gelo disponível e a falta de oxigênio, junto com o aumento das temperaturas e a concentração excessiva de nutrientes provenientes dos rios poderiam criar condições, especialmente nas zonas mais fundas, que poderiam acabar com as vidas marinhas.
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Fonte: El lago más grande del mundo, camino de la desecación
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