Fake news das mudanças climáticas

Quem está por trás das chamadas “fake news” ou notícias falsas que se divulgam e circulam por redes sociais, internet e mensagens privados?

Em diversos momentos, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que a mudança climática era um engano, questionando a ciência e os efeitos do aquecimento global para o planeta.

Este posicionamento negacionista acompanhou uma série de notícias falsas divulgadas por perfis de redes sociais e páginas na internet. Um comportamento comum no mundo globalizado e digital atual. Porém, a verdade é que durante muitos anos, sempre houve a pressão de grupos para distribuir notícias falsas com o propósito de difundir a ideia de que a mudança climática é resultado de fenômenos naturais, e não, das atitudes humanas.

O especialista em Geociências, professor Germán Poveda, acredita que a origem de grande parte das notícias falsas sobre este tema surgem das empresas carboníferas e das petroleiras, que se sentem ameaçadas com a limitação ou abandono da extração de combustíveis fósseis.

“A matriz energética do mundo desenvolvido se baseia nos combustíveis fósseis, concentra no hemisfério norte, que representa o 80% dos gases de efeito estufa, o que dá conta do problema da inequidade geopolítica”; afirmou.

Ele lembra que 98% da literatura científica sobre a mudança climática afirma que os problemas ambientais atuais são derivados da ação humana.

Um caso destacável ocorreu quando um especialista da Harvard-Smithsonian Center for Astrophysics, o Doutor Dr. Wei-Hock Soon, publicou artigos defendendo que o aquecimento global era provocado pelo aumento da atividade solar. Posteriormente, descobriram que o trabalho divulgado havia sido financiado por petroleiras.

Segundo um estudo publicado pela Frontiers in Comunication, a maiora do conteúdo disponível na plataforma digital de vídeos Youtube contem informações falsas que vão contra os estudos científicos relacionados à mudança climática.

“É alarmante descobrir que a maioria dos vídeos que se encontram na plataforma propagam teorias de conspiração sobre a ciência e a tecnologia do clima”, afirmou o pesquisador autor do estudo Joachim Allgaier, da Universidade Aachen.

Para combater esta desinformação, os pesquisadores vêm se unindo e lançaram diversas páginas na internet para desmentir os mitos mais comuns das fake news negacionistas.

A FUNIBER fomenta a formação e a capacitação dos profissionais através de programas universitários em diversos âmbitos, na área ambiental, alguns programas estão focalizados em conhecimentos de gestão ambiental, energias renováveis e conservação. Por exemplo, o Mestrado em Mudanças Climáticas, ou a Especialização em Aplicação das Energias Renováveis

Fontes:

La información falsa sobre la crisis climática gana terreno en redes sociales

Las ‘fake news’ también afectan al cambio climático

Petróleo y carbón, fuentes de noticias falsas sobre cambio climático