Os ecossistemas marinhos conseguem absorver grandes quantidades de carbono embaixo da água. Este “sequestro” pode ser vital para a atmosfera já que reduz o impacto provocado pelos gases de efeito estufa.
Além da quantidade de carbono acumulado, estes ecossistemas oferecem duas vantagens porque conseguem capturar rapidamente e mantê-lo preso durante milhões de anos nas águas marinhas.
Além dos mares e oceanos, outros ecossistemas húmidos como são o pântano ou o mangue. No caso do mangue, por exemplo, ele consegue armazenar até 10 vezes mais carbono que um bosque terrestre.
A diretora de iniciativas marinhas estratégicas da organização Conservação Internacional, Emily Pidgeon, explicou em entrevista para a BBC que nestes lugares as “condições de níveis baixos de oxigênio no solo, debaixo da água, conseguem reter o carbono desde séculos até milênios”.
Ela destaca ainda que recuperar estes espaços é uma tarefa difícil, que pode levar anos e séculos.
Por isso, é ainda mais importante preservar estes ecossistemas. Como indica Conservação Internacional, desde o ano 1940, já perdemos a metade do manguezais do mundo. Quando estes ambientes se destroem, uma grande quantidade de CO2 é liberada para a atmosfera, aumentando ainda mais a quantidade de gases de efeito estufa.
Muitas vezes, a causa do desaparecimento destes ecossistemas está associada às iniciativas humanas como por exemplo, a construção de estanques e represas para o cultivo de peixes e camarões. Também, a contaminação é uma inimiga que ajuda a deteriorar estes ambientes.
A FUNIBER patrocina o Mestrado em Ciência e Tecnologia Marinha, focado nas aplicações práticas que ocorrem nos sistemas litorâneos. No programa, diversas disciplinas oceanográficas oferecem um conhecimento amplo sobre os ecossistemas marinhos.
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