Cúpula do Clima reúne líderes mundiais para debater alternativas sustentáveis

Líderes de todo o mundo se reúnem hoje, dia 23, para debater e propor ações que possam evitar impactos e crises ambientais.

Hoje, 23 de setembro, acontece em Nova York a Cúpula do Clima da Organização das Nações Unidas (ONU). O Secretário Geral da ONU, António Guterres, convidou a todos os líderes para estar presentes neste encontro, que considera urgente devido às necessidades de pactuar planos que possam reduzir as emissões nos próximos anos.

A Cúpula acontece um dia antes da abertura da Assembleia Geral da ONU. Na conferência de imprensa, Guterres afirmou sobre a importância de enfrentar os desafios da mudança climática com metas e prazos claros. “Os objetivos são muito difíceis, mas possíveis, o que precisamos é de vontade política. Esta ainda não existe, mas vejo a opinião pública cada vez mais forte, e a juventude radicalmente comprometida”, afirmou.

O espaço de discursos da Cúpula será destinado aos países que vêm apresentando atitudes inspiradoras sobre o combate ao crime ambiental e implementando programas de preservação e sustentabilidade.

Mas além de discursos, esperam-se ações concretas. Guterres afirma que é com a pressão social que os governos agem. “Quero toda a sociedade pressionando os Governos para que entendam que precisam ir mais rápido, porque estamos perdendo a corrida, as consequências dos desastres naturais são cada vez mais devastadoras”, alertou.

Entre as ações com maior enfoque neste encontro, a ONU listou 6 setores importantes que se devem priorizar:

  • Finanças: movimentação de investimentos e financiamentos públicos e privados
  • Transição energética: Incentivo às energias renováveis e eficiência energética
  • Transição industrial: Transformação das indústrias
  • Medidas com base na natureza: diminuir as emissões e aumentar a resiliência nos setores produtivos e nos ecossistemas
  • Ação local e nas cidades: Avance para a mitigação e a resiliência urbano e local, para edifícios, transportes e toda a infraestrutura com compromissos para reduzir as emissões, com atenção especial às pessoas mais vulneráveis
  • Adaptação: melhorar os esforços para enfrentar os impactos da mudança climática.

A ONU já declarou antes que é necessário reduzir em 45% as emissões de dióxido de carbono para 2030, e que esta emissão não supere a capacidade absorção em 2050.

“É preciso fazer as pessoas compreenderem que há uma emergência climática hoje, que o problema da mudança climática é de hoje, que a saúde pública está ameaçada hoje, que o mar está subindo hoje, que as temperaturas já estão provocando problemas muito graves.”, alertou o Secretário Geral da ONU.

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Fontes:

Cumbre sobre la Acción Climática ONU 2019

António Guterres: “Há cada vez mais conservadores que entendem que a ação climática é parte da política”

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