A CEPAL defende a necessidade de aplicação de investimentos conjuntos na América Latina para o desenvolvimento sustentável
Além de crescer e reduzir a desigualdade social, a região tem ainda um grande desafio: o desenvolvimento sustentável. De acordo com a diretora da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), Alicia Bárcena, em entrevista para o jornal El País, alguns países já começam a preocupar-se com um modelo econômico livre de carbono, e sem a dependência do petróleo.
“Equador, por exemplo, sabe que só tem petróleo para 17 anos e tem que ir buscando alternativas”, afirmou Bárcena.
Mas a diversidade é grande, e ainda faltam investimentos altos para que possam começar projetos ambiciosos de sustentabilidade. Mas ela ressalta que nem tudo são sonhos, “há coisas que sim se podem fazer”.
Na opinião de José Luis Samaniego, responsável de desenvolvimento sustentável na CEPAL, as energias renováveis ainda não dispararam na região por falta de investimentos em rede. Ele ressalta que para favorecer as renováveis, é importante elaborar regras de licitação com um pacote que reúna uma regulamentação com subvenções e impostos que possam atrair e reunir investimentos.
Ele defende ações integradas entre os países latino-americanos. “Por que não coordenar a demanda de todos estes países?”, pergunta. “Poderia vir investimentos para montar fábricas de baterias, gerar emprego e aliviar a restrição externa”, diz.
Para Samaniego, é importante uma mudança de mentalidade na forma de investir, para que possam concentrar-se nos benefícios, tanto econômicos como sociais, de novas tecnologias e infraestruturas pensadas para alternativas sustentáveis como são as energias limpas, o transporte público elétrico, os serviços de reciclagem, entre outros.
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Fonte: El ‘plan verde’ para impulsar Latinoamérica
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