Indústria da aviação desenvolve tecnologias para que aviões regionais possam usar sistemas híbridos ou totalmente elétricos
Segundo dados da Organização de Aviação Civil internacional, os voos contribuem para 2% das emissões de efeito estufa em todo o mundo. Este valor só tende a crescer, com previsão de crescimento na taxa de 300% a 700% para o ano 2050.
Embora os voos atuais sejam muito mais eficientes do que aqueles que voavam na década de 70, ainda é necessário pensar estratégias de sustentabilidade.
Por isso, as empresas aeroespaciais estão reunindo esforços para diminuir a emissão de gases, e a aposta desta indústria está no desenvolvimento de motores elétricos. Durante o Salão Internacional de Aeronáutica e o Espaço de Paris-Le Bourget, conhecido pelo nome de Paris Air Show, na semana passada, os assistentes puderam conhecer o primeiro avião comercial de passageiros elétrico.
Neste avião, com capacidade para 9 passageiros, as três hélices estão orientadas para trás, e conta com uma fuselagem inferior plana projetada para ajudar na sustentação.
O avião foi desenvolvido pela empresa israelense Eviation, e pode realizar trajetos até 1.040 Km, numa velocidade limite de 440 km/h.
Embora seja apenas um protótipo, a empresa já recebeu seus primeiros pedidos que devem ficar prontos em 2022. A empresa Cape Air, dos Estados Unidos, negociou a compra de alguns.
Se em parte a proposta parece ter um objetivo ambientalista, por outro, os interesses de compra parecem ser mais econômicos, porque o avião elétrico é muito mais barato que aquele que consome combustível convencional.
Outras empresas estão na mesma linha, como a Rolls-Royce e a Siemens, que estão trabalhando em programas para instalar motores elétricos nos jets.
Outro exemplo é a companhia lowcost EasyJet, que anunciou que está desenvolvendo junto com a empresa Wright Electric, aviões elétricos para serviços regulares. A ideia é contar com eles para o ano 2027. O diretor da companhia, Johan Lundgren, afirmou que “os voos elétricos se estão convertendo numa realidade e agora podemos prever um futuro que não dependa exclusivamente do combustível para aviões”.
Mas esta tecnologia estaria disponível para voos de curta distância. Segundo os especialistas, nos trajetos mais longos a distribuição de energia e os controles necessitam ainda de melhor tecnologia para que se possa usar um sistema totalmente elétrico.
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