Movimentos espalhados pelo país defendem a proibição do uso do químico nas cidades, preocupados com os efeitos danosos para a saúde associados ao herbicida
Na Argentina, algumas cidades adotaram medidas para proibir o uso, a venda e a comercialização do glifosato. O município Gualeguaychú, o mais recente em aprovar uma normativa proibitiva, levou cinco meses debatendo sobre os efeitos do químico para a saúde da população local com representantes de diversas instituições.
No final de abril, aprovaram por 9 votos a favor e 3 em contra o uso e a manipulação do químico no tecido urbano. A decisão foi tomada a partir de casos de moradores que narraram problemas derivados do uso do herbicida aliados a estudos publicados que mostraram riscos do glifosato para o desenvolvimento de problemas endócrinos, danos celulares e genéticos.
Gualeguaychú está localizado na região de Entre Ríos, que produziu na última colheita mais de 3 milhões de toneladas de soja, segundo um relatório da Bolsa de Cereais regional. Atualmente, aproximadamente 400 cidades argentinas analisam possíveis limitações para a aplicação do glifosato.
As cidades que já proibiram foram Bariloche, em 2010, El Bolsón, Cholila, Lago Puelo e Epuyén, em 2015, General Alvear e Rosario, em 2017 e neste ano, Rincón, Concordia e Paraná.
De acordo com a ativista ambiental da organização Bios, Silvana Buján, para o jornal El Espectador, há ainda muitos produtos que estão no mercado, ou estão à espera de aprovação de uso, que são tão maléficas como o glifosato.
Os profissionais na área ambiental podem especializar-se com o Mestrado em Engenharia e Tecnologia Ambiental, patrocinado pela FUNIBER.
Fonte: Doce ciudades en Argentina ya prohíben el glifosato
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