Na Espanha, técnicos do centro florestal de Lourizán defendem como ação prioritária a proteção dos solos com manta para evitar possíveis erosões
Após a onda de incêndios que assolou Portugal e o norte da Espanha, é hora de elaborar estratégias para a recuperação dos recursos danificados. De acordo com pesquisadores do centro florestal de Lourizán, localizado numas das zonas afetadas pelas queimadas, a população local só poderá ver os resultados da recuperação dos solos na primavera.
Eles coordenam também a aplicação de um protocolo para reduzir os riscos hidrológicos erosivos. Para isso, eles têm que inicialmente determinar quais são os lugares que necessitam ações mais urgentes, e os recursos das zonas prioritárias.
Com a experiência que tiveram em 2006, os pesquisadores conseguiram analisar métodos de recuperação que fossem mais adequados para a região. No caso da Galícia, pela vegetação e tipo de solo, é importante começar primeiro pela erosão e problemas hidrológicos que podem gerar, para depois buscar a recuperação da vegetação.
Desde 2010, o centro usa helicópteros para dispersar palha. “Quando o solo não tem a cobertura orgânica que costuma ter, é sensível a ser movido pela chuva. Isso queremos evitar agora, que o solo não se vá pelas ladeiras”, indicou a pesquisadora do centro, Cristina Fernández.
A pesquisadora explica que a manta ou acolchoado é um material orgânico que protege o solo de forma natural, e é resistente às intempéries. A técnica é usada em jardinagem e também na agricultura porque evita perdas de água e nutrientes e atua como uma barreira física para o solo.
Já nas colinas de Galiñeiro e Alba, um grupo de sessenta voluntários repartem palha sobre a terra queimada para compactar o solo. Pede-se também à população que evite pisar estes solos, além de evitar que os animais pastem pelo terreno, porque aumentaria a erosão e fragilidade.
Também é importante evitar que as cinzas contaminem a água dos rios e dos arroios. Após as queimadas, as águas para o consumo humanos se viram afetadas com a presença de cinzas, na cidade de As Neves, onde tiveram que cortar a distribuição de água durante dois dias. Como solução, foram distribuídas garrafas de água potável para consumo.
Cobertura vegetal
Na seguinte etapa, a ideia é fazer o reflorestamento, em que especialistas devem analisar quais espécies se devem plantar, sabendo quais são as mais adequadas e evitando algumas perigosas.
A proposta do governo local é preparar o solo destes montes para os próximos 40 anos, mas a medida deve ser realizada em conjunto entre os representantes locais e prefeituras das zonas próximas.
Os profissionais da área de Meio Ambiente podem conhecer as estratégias mais pesquisadas e utilizadas para uma gestão adequada dos recursos naturais, com o mestrado em Mestrado em Gestão e Auditorias Ambientais, patrocinado pela FUNIBER.
Fontes: La recuperación del suelo del monte quemado no será visible al menos hasta la primavera
La recuperación del monte comienza con la compactación del suelo
Foto: Todos os direitos reservados