A difícil recuperação das baleias no hemisfério sul

Estudo indica ameaça séria de extinção de três baleias do hemisfério sul devido à intensidade da caça e ao ritmo de crescimento lento

A baleia azul, a baleia franca austral e a rorqual-comum diminuem devido ao ritmo de crescimento lento e à intensidade da caça. Já as baleias jubarte conseguiram se recuperar nos últimos anos, e hoje se encontram em 33% do número alcançado antes do período da caça industrial.

Das 83 espécies de baleias registradas, dez de grande tamanho habitam nas águas do hemisfério sul. Entre estas dez, sete migram à Antártida no verão para procriar em águas quentes tropicais e subtropicais, entre o inverno e a primavera. As baleias percorrem quase 10 mil quilômetros.

Um relatório preparado pelo Greenpeace destaca que os danos às baleias são mais sérios do que se pensava até agora. Por isso, alertaram sobre o perigo de extinção que correm os mamíferos no hemisfério sul.

De acordo com um estudo publicado recentemente pela Universidade de Queensland, junto com a organização científica Commonwealth Scientific and Industrial Research Organisation (CSIRO), as três espécies que habitam esta região não conseguiriam se recuperar suficiente até o ano 2100. Para chegar a estas conclusões, os pesquisadores analisaram dados sobre a caça, o acesso aos alimentos e os efeitos da mudança climática.

“Nossa previsão é que a baleia azul, a baleia franca austral e o rorqual-comum chegarão a menos da metade do número prévio a exploração para o ano 2100”, adverte Viv Tulloch, coautora do estudo.

Os estudos sobre projeções são importantes para os profissionais interessados na Gestão Ambiental (conheça o Mestrado em Ciência e Tecnologia Marinha, patrocinado pela FUNIBER), que podem pesquisar sobre estratégias para a recuperação das espécies marinhas.

Fonte: Greenpeace: El daño a las ballenas del hemisferio sur “es más serio de lo que se pensó”

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