Descoberta nova espécie de rã na Amazônia

Nova espécie de rã venenosa é descoberta na Amazônia peruana e se soma à diversidade de novas espécies animais e vegetais da região

Pesquisadores peruanos, norte-americanos, britânicos e escoceses descobriram uma nova espécie de rã venenosa presente em duas áreas naturais protegidas na Amazônia. Denominada de “Ameerega shihuemoy”, a rã mede apenas 3 centímetros de longitude e possui uma lista amarela que percorre o corpo, e no ventre apresenta tonalidades verdes e azuis. O nome “shihuemoy”, dado à rã, vem da língua nativa dos índios Harakmbut. O termo é dado pela tribo a todas as rãs venenosas.

A descoberta foi feita na Reserva Comunal Amarakaeri que abrange 402 mil hectares e onde vive a comunidade indígena Harakmbut. Também foram encontrados outros espécimes no Parque Nacional do Manu, cuja área é de 1,7milhões de hectares. As duas áreas se encontram na região peruana de Madre de Deus, na fronteira com o Brasil e a Bolívia.

A professora Dra. Maria Teresa Gómez Mora, da área de Meio Ambiente e Sustentabilidade, da FUNIBER, ressalta que a descoberta se soma à várias outras realizadas constantemente por pesquisadores na região. “É um indicativo da riqueza de diversidade biológica presente na Amazônia”, diz.

“Um relatório realizado pela World Wildlife Fund (WWF), titulado “Amazônia Viva- Uma década de descobrimentos 1999-2009”, apontou que em dez anos de pesquisas no bioma amazônico, foram descobertas mais de 1.200 novas espécies de plantas e vertebrados, o que significa uma nova espécie a cada três dias”, comenta a professora da FUNIBER.

Preservação

Apesar desta diversidade que se conhece cada dia mais, as ameaças à sobrevivência destas espécies aumentam. Uma das principais causas é a demanda por carne, soja e biocombustível nos mercados internacionais. Estima-se que 80% das áreas desflorestadas da Amazônia foram destinadas à pecuária.

Fontes:

Nueva especie de rana para la ciencia es descubierta en la Reserva Comunal Amarakaeri

Increíbles descubrimientos en el Amazonas en la última década (WWF)

Foto: Todos os direitos reservados/Comunicaciones Servicio Nacional de Áreas Naturales Protegidas por el Estado (SERNANP)