As pesquisas recentes vêm indicando o aumento da idade média da população. Porém, o número de pessoas afetadas por doenças relacionadas ao envelhecimento também está aumentando. Por isso, cientistas estão à procura de novas formas de melhorar a qualidade de vida da população idosa.
Nos Estados Unidos, os Institutos Nacionais de Saúde (NIH) fizeram parceria com pesquisadores da Universidade de Boston para explorar formas não invasivas de melhorar a função cerebral em idosos.
Os cientistas imaginam que poderiam melhorar a memória usando correntes elétricas fracas para estimular diferentes regiões do cérebro. Pesquisas anteriores mostraram que esses tipos de correntes podem ajudar com os sintomas de certas condições, como a epilepsia.
Em um estudo duplo-cego com pessoas entre 65 e 88 anos, diferentes regiões do cérebro foram estimuladas. Houve também um grupo controle ao qual foi aplicado um efeito placebo. Em seguida, eles foram solicitados a recordar listas de palavras. Enquanto alguns estudos de estimulação cerebral usaram cirurgia e implantes, este estudo exigiu apenas um chapéu eletrônico. O processo levou apenas alguns minutos.
Depois de alguns dias, aqueles que receberam estimulação de baixa frequência na parte de trás do cérebro tiveram melhor recordação de palavras. A estimulação de alta frequência na parte frontal do cérebro teve um efeito semelhante. A estimulação conseguiu melhorar a memória de curto e longo prazo, e seus resultados continuaram a melhorar ao longo do mês de experimentação.
O estudo não é perfeito; não testou pessoas com deficiências graves e durou apenas um mês. No entanto, sugere que existem maneiras de melhorar a função cognitiva de cérebros envelhecidos sem recorrer à cirurgia invasiva.
A FUNIBER patrocina programas e especializações relacionados ao estudo do envelhecimento, como o Mestrado em Gerontologia.
Fontes:
Brain stimulation can affect memory in older adults
Zapping the brain with electricity shown to boost older people’s short- and long-term memory
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