Relação entre perda do olfato e neurodegeneração precoce

Uma equipe de pesquisa mexicana estuda a relação entre a perda do olfato e a neurodegeneração precoce.

Este é um projeto para a detecção de doenças neurodegenerativas e estuda a possível correlação entre a perda olfativa e a subsequente deterioração cognitiva observada em doenças como Alzheimer ou Parkinson.

Estudo 

 

O projeto é fruto da criação do pesquisador Salvador Alarcón, do Instituto Nacional de Psiquiatria Ramón de la Fuente Muñiz (México), em colaboração com Ángel Acebes, professor do Departamento de Ciências Médicas Básicas da Universidade de La Laguna (Espanha). 

 

A equipe de pesquisa desenvolveu e patenteou uma técnica não invasiva para obter precursores neurais olfativos de indivíduos com distúrbios neuropsiquiátricos que sofrem de perda olfativa.

 

A partir da colaboração entre os dois especialistas, Alarcón ressalta que a proposta de Acebes é interessante, pois a maioria dos estudos sobre doenças neuropsiquiátricas são realizados post-mortem. Por outro lado, o diferencial desta nova técnica é que ela é realizada em pacientes vivos, através de uma esfoliação nasal. 

 

Técnica 

 

“Esta técnica permite gerar células neuronais para avaliar ou buscar possíveis biomarcadores em diferentes doenças psiquiátricas”, informa Alarcón. O mais notável sobre este método é precisamente a possibilidade de encontrar indicadores precoces de doenças como o Alzheimer.  

 

Por outro lado, deve-se notar também que este é um teste não invasivo, muito menos do que um PCR, por exemplo. Atualmente, os únicos marcadores patológicos disponíveis para o Alzheimer são detectados com uma punção lombar, uma técnica invasiva e dolorosa. 

 

Prevenção

 

Um dos sintomas em estágios iniciais de doenças neurodegenerativas é a perda do olfato. Em consequência disso, os pesquisadores supõem que a geração de neurônios olfativos está perdendo função e que não há renovação neuronal. 

 

Neste sentido, o estudo pode determinar o que acontece nos neurônios olfativos de pacientes com doença de Alzheimer precoce. Além de testar se esses neurônios são capazes de indicar se a doença vai ou não progredir. 

Portanto, o principal objetivo do grupo de pesquisadores é conseguir um possível tratamento preventivo para pessoas com distúrbios neurodegenerativos.

 

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Fonte: Estudian la pérdida del olfato como indicador de neurodegeneración

 

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