Os idosos, um dos grupos em risco de disseminação do coronavírus, podem ter um quadro clínico diferente.
A presidente da Sociedade Espanhola de Médicos Residenciais (SEMER), María José Jiménez Cebri, em entrevista ao Telemadrid coletada pela Europa Press, detalhou como a doença afeta esse grupo.
Cebri destacou que, em pessoas idosas, sua condição clínica é inicialmente “mais silenciosa, estreando em estágios avançados”, o que faz com que seja diagnosticada menos rapidamente e a letalidade seja maior.
Também indicou que, dada o recente surgimento do vírus, nem todas as informações sobre como ele afeta pacientes vulneráveis são conhecidas.
“A apresentação de uma doença em um idoso não é típica, mas é atípica. Também é verdade no coronavírus, que não apresenta os sinais clínicos típicos do que em adultos jovens. Isso nos leva a atrasar o diagnóstico, não porque nós erramos, mas porque esta doença é muito silenciosa e estreia em um estágio muito avançado”, explicou.
O presidente desse grupo enfatizou a ansiedade gerada pela abundância de informações que os moradores recebem nas casas de repouso: “eles o somatizam, pensam que têm sintomas e os tornam mais vulneráveis”.
Além disso, a situação é ainda mais grave nos idosos que sofrem de uma doença neurodegenerativa, como a demência, pois não compreendem os slogans aplicados nos centros e isso “agrava os sintomas”. As terapias e exercícios foram suspensos devido à impossibilidade de realizá-los nas áreas comuns.
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