A perda das faculdades cognitivas é produzida devido às consequências psicológicas e sociais de sofrer problemas de audição
Diversos estudos indicam que o uso de aparelhos auditivos ajuda a atenuar a deterioração cognitiva nos idosos. Estes aparelhos permitem que as pessoas possam ouvir de uma forma mais clara e, consequentemente, estejam socialmente mais conectadas.
Uma dessas pesquisas foi publicada em 2016 pela revista The American Journal of Geriatric Psychiatry. O estudo foi realizado com cem adultos, de 80 a 99 anos e com perda auditiva, que se submeteram a testes neuropsicológicos. Um deles foi o teste mini-mental (MMSE). Nele, as pessoas que usavam um aparelho com regularidade obtiveram pontuações mais altas em comparação com as que não contavam com nenhum aparelho de audição.
Os resultados concluíram que a perda de audição se associa com uma deterioração cognitiva sensorial especifica ao invés de uma deterioração cognitiva global. Assim, as pessoas com aparelhos auditivos tiveram um melhor rendimento nos testes cognitivos com estímulos auditivos, mas não com estímulos visuais.
Outra das pesquisas é a que se publicou em 2015 no Journal of the American Geriatrics Society. Realizado por investigadores franceses, o estudo acompanhou mais de 3.700 pessoas durante 25 anos e determinou que os idosos que usavam aparelhos apresentaram o mesmo nível cognitivo que os que não tinham perda de audição.
De acordo com o estudo, não há correlação direta entre perda auditiva e comprometimento cognitivo, mas a perda das faculdades cognitivas ocorre mais devido às consequências psicológicas e sociais da falta de audição.
Nesse sentido, os pesquisadores ressaltam que os aparelhos auditivos ajudam a melhorar o humor, aumentam as relações sociais e facilitam a participação em atividades que estimulam as habilidades cognitivas, resultando em menor comprometimento cognitivo.
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Fontes: Los audífonos ayudarían a prevenir el deterioro cognitivo
El uso de audífonos reduce el deterioro cognitivo
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