Os resultados do Relatório Mundial sobre Alzheimer 2016 elaborado pela OMS indicam colocar o foco na prevenção e no diagnóstico precoce da demência
Conforme o estudo, essa patologia afeta 50 milhões de pessoas no mundo atualmente. Estima-se que a cada três segundos se diagnostica um novo caso. No entanto, nos países desenvolvidos, quase a metade dos casos não são efetivamente detectados. Nesse sentido, José Carreira, presidente da Alzheimer Portugal, destacou que “um dos grandes problemas é a inexistência do diagnóstico ou o diagnóstico tardio”.
O relatório da OMS prognostica que o índice de demência afetará 75,6 milhões de pessoas em 2030 e alcançará 135 milhões em 2050. Desses casos, entre 60% a 70% serão resultantes de Alzheimer. Em consequência, Carreira advertiu que “a demência é um desafio enorme para um crescente número de famílias”.
Apesar dos índices, a Associação Internacional de Alzheimer garante que dois terços da população mundial consideram que há pouca ou nenhuma compreensão sobre a demência em seus países.
A revista The Lancet afirma que 33% dos casos de demência poderiam ser evitar. Para tanto, a comunidade científica recomenda controlar fatores de risco como a obesidade, a diabetes ou a hipertensão. Além disso, atividades como praticar exercícios ou se relacionar com outras pessoas também podem contribuir para a prevenção desta doença.
No entanto, é necessário também o envolvimento dos órgãos públicos. Por isso, a Alzheimer Portugal enfatiza a importância do financiamento estatal no desenvolvimento de estratégias de prevenção e diagnóstico precoce da demência.
Os alunos do Mestrado em Gerontologia patrocinado pela FUNIBER recebem a formação necessária para atender de forma individualizada as necessidades de uma população cada vez más envelhecida.
Fontes: A cada três segundos, uma pessoa no mundo recebe diagnóstico de demência
Demência afeta mais de 180 mil portugueses
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