A realidade dos idosos LGTB

Idosos homossexuais procuram ser reconhecidos para obter serviços de saúde inclusivos

Durante a última semana de junho foi realizada a celebração do Orgulho Gay (World Pride 2017) em Madri, convertendo-se em uma oportunidade para ver como se sentem os idosos homossexuais, assim como conhecer suas necessidades.

A sexualidade dos idosos LGTB (lésbicas, gays, bissexuais e transexuais) não é um tema que chame a atenção ou se conheçam os detalhes, mas várias associações e coletivos aproveitaram estas celebrações para dar uma olhada na situação e nas necessidades deste setor da população.

É assim como resultado da tese de doutorado da trabalhadora social Marina García, entitulada Vejez y homosexualidad (Velhice e homossexualidade) se pôde notar que existem poucos estudos sociológicos sobre esta realidade, e é por esse motivo que os mesmos idosos gays, lésbicas, transexuais, bissexuais e intersexuais impulsionaram a reflexão em torno desta diversidade sexual, para fazer-se notar nos âmbitos institucionais, acadêmicos e de atenção pública. Para eles é importante fazer conhecer a latente necessidade de serviços públicos específicos que lhes faz falta.

A pesquisa resume alguns pontos importantes para tornar visíveis a este coletivo ante instituições acadêmicas, sanitárias e de atenção aos idosos. Entre eles:

Cabe considerar que se trata de pessoas adultas que viveram épocas muito repressivas, portanto não se atreveram a mostrar-se publicamente, por temor ao rechaço.

Quem assumiu sua sexualidade foi separado de suas famílias e hoje, ao serem idosos, estão sozinhos, muitos deles estão sem cônjuge e sem pensão de viuvez, por exemplo.

Os idosos homossexuais afirmam sentir-se rechaçados na hora de buscar ajuda em centros especializados de atenção à terceira idade, aos serviços sociais ou aos sanitários.

O motivo principal do rechaço deve-se ao desconhecimento e à falta de informação. Diariamente os idosos enfrentam preconceitos e formas sutis e não tão sutis de discriminação.

Nesse sentido, a autora procura visibilizá-los como resultado desta pesquisa e ajudá-los a ganhar respeito tal como são, para que no futuro também participem da gestão e execução das políticas públicas de referência.

Os alunos do Mestrado de Gerontologia patrocinado pela FUNIBER, realizam tese magistrais e procuram contribuir com conhecimento científico ou social, como neste caso.

Fonte: Los mayores LGTB no se sienten visibilizados ni reconocidos

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