Pesquisadores identificaram mudanças que acontecem no cérebro em pessoas que apresentam deterioração cognitiva associada ao Parkinson
Os pacientes que sofrem com o mal de Parkinson padecem de tremores e rigidez nas extremidades, ao mesmo tempo que se deteriora o equilíbrio da pessoa; mas em 25% dos casos os pacientes desenvolvem uma deterioração cognitiva leve, que pode afetar o pensamento, memória ou linguagem destas pessoas.
Para analisar a evolução da deterioração cognitiva, os médicos utilizaram um sistema de tractografia para procurar diferenças entre as imagens de redes neuronais de 170 pacientes com Parkinson com e sem deterioração cognitiva, que foram comparadas com as imagens obtidas de 41 pessoas saudáveis.
Os resultados foram publicados na revista Radiology, e os pesquisadores consideram que a informação obtida poderia abrir a porta ao uso da tractografia por tensor de difusão para fazer um acompanhamento da evolução da doença e analisar ou predizer a aparição de possíveis complicações cognitivas nos pacientes que desenvolvem Parkinson.
Os investigadores identificaram alterações significativas na rede neuronal que só estavam presentes em pacientes que apresentavam deterioração cognitiva leve, conseguindo identificar diferenças nas medições do movimento e difusão da água no cérebro. Os resultados indicam que a deterioração cognitiva pode ser consequência de uma interrupção de complexas estruturas cerebrais e não de uma degeneração de compartimentos individuais da substância branca.
Agora, os resultados da pesquisa podem oferecer marcadores para diferenciar os pacientes com Parkinson com e sem déficit cognitivo, de acordo com a doutora Federica Agosta, uma das pesquisadoras que participou do estudo.
Os estudantes da área de Gerontologia da FUNIBER seguem com atenção as notícias sobre pesquisas que proporcionem mais informação sobre doenças como o Parkinson para adotar medidas que permitam melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
Fonte: Jano
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