A grande revolução da internet fez com que ministrar aulas virtuais seja algo habitual em nosso dia a dia, e manter a comunicação é o mais importante
Anos atrás não imaginávamos que a comunicação entre um professor e o aluno acontecesse por internet, mas assim é. Na educação à distância, o diálogo entre os participantes deste processo deve ser essencial, uma vez que professores e tutores devem guiar o aluno para que possa fomentar o “autoestudo”.
A comunicação deve ser efetiva, e normalmente ela ocorre por meio da escrita. O fato é que uma das principais causas de abandono do aluno pode ser devido à má comunicação entre professor e aluno. “A autoaprendizagem sem nenhuma comunicação nem apoio não costuma estar incluída no conceito de educação a distância” (UNESCO). Para que isto não ocorra, o tutor deve ser capaz de oferecer a ajuda e recursos necessários ao aluno, de forma que este se sinta cômodo em seu desenvolvimento educativo.
As tutorias virtuais através da rede podem ser realizadas de diferentes maneiras e é imprescindível que permitam desenvolver as ações formativas. Estas podem ser sincrônicas (chats, videoconferências, telas compartilhadas…) ou assincrônicas (e-mails, fórum de discussão, FAQ…). Além das vias mencionadas, também podemos recorrer aos meios tradicionais, como o fax ou telefone, as guias de estudo, os encontros cara a cara. Isto pode ser um complemento exitoso à modalidade online. As tutorias em cursos de educação a distância devem ser muito parecidas às efetuadas em cursos tradicionais.
Algumas pesquisas realizadas mostram dados a respeito do que pensam os alunos dos cursos a distância em geral e do serviço de tutorias em particular. “St. Pierre e Olsen (1991, em Moore e Karsley, 1996) pesquisam e encontram uma série de fatores que contribuem à satisfação do estudante nestes cursos, assim como a oportunidade de poder aplicar os conhecimentos, a devolução pontual dos trabalhos, as conversas com o professor, a importância dos conteúdos do curso ou uma boa guia de estudos”. Todos estes fatores são importantes para uma boa comunicação professor-aluno. O trabalho do tutor é imprescindível, e o “cara a cara” é cada vez mais necessário.
Por isso, não se deve improvisar, mas estar perfeitamente planejado, assim como qualquer integrante do curso. Não podemos deixar lugar à improvisação e o tutor deve estar qualificado e ter muito claro seu papel dentro do curso.
Em definitiva, por maior que seja a distância que nos separe, não podemos esquecer que trabalhamos com pessoas e nosso trabalho é que estas pessoas alcancem satisfatoriamente as metas que se propuseram no princípio, ou seja, chegar ao propósito do curso.
Por Aitziber Fernández
Fontes:
FUNDESCO (1998): “Teleformación: un paso más en el camino de la Formación Continua”. Fundesco. Espanha.
Marcelo, C. e Lavié, J.M. (2000): Formación y Nuevas Tecnologías: Posibilidades y condiciones de la Teleformación como espacio de aprendizaje. Bordón, 52 (3), pp. 385-406.
Moore, M. e Kearsley, G. (1996): Distance Education: A Systems View. Wadsworth Publishing Company. Belmont, Califórnia.
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